Em dia de mais falas de membros do Fed, mercados mundiais operam no negativo

Por aqui, as atenções se voltam nos dados de arrecadação no Brasil em abril.
21 de maio de 2024

Os mercados mundiais amanhecem no campo negativo, nesta terça-feira (21), em dia de agenda internacional esvaziada. Os investidores seguirão, hoje, acompanhando mais discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e os sinais emitidos pelas falas sobre o futuro da política monetária norte-americana.

Ainda nos EUA, os investidores aguardam o balanço da Nvidia, empresa do setor de IA (Inteligência Artificial), que tem impulsionado grande parte dos lucros recentes do S&P 500. As ações da Nvidia, que subiram mais de 90% este ano, avançaram 2,5% em Nova York ontem (20).

Os investidores também continuam a monitorar os preços das commodities, com ouro, prata e cobre negociados próximos de níveis recordes. O avanço das commodities, contudo, ainda não abalou a convicção de que a inflação continuará diminuindo, permitindo que o Fed e outros bancos centrais reduzam as taxas de juros este ano.

Por aqui, as atenções se voltam nos dados de arrecadação no Brasil em abril.

Na agenda governamental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vão à marcha dos prefeitos a partir das 10h.

Brasil

O sinal amarelo emitido pelo Boletim Focus do Banco Central, divulgado ontem (20), contaminou o movimento da Bolsa Brasileira. O Ibovespa acabou encerrando o pregão com baixa de 0,31%, aos 127.750 pontos, com perda de quase 400 pontos.

O fato é que o principal indicador da Bolsa tinha tudo para bombar, mas os mais de cem analistas ouvidos para a publicação do BC foram bastante pessimistas nas previsões econômicas do relatório.

Há no ar uma preocupação com a parte fiscal do governo, sentimento que piorou nas últimas semanas, principalmente devido à injeção de recursos que o Executivo está destinando para ajudar o Rio Grande o Sul. Nem as vítimas da pior catástrofe climática da história do RS é capaz de apaziguar o coração do mercado financeiro.

Nas negociações do dia, o dólar à vista fechou a R$ 5,10, com alta de 0,05%.

Europa

As bolsas europeias operam no vermelho, com os investidores acompanhando as falas de membros do Fed, o banco central norte-americano.

Dados da região não tiveram influência nos negócios hoje, embora os preços ao produtor (PPI) da Alemanha tenham caído mais que o esperado em abril e o superávit comercial da zona do euro tenha aumentado de fevereiro para março.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,37%

DAX (Alemanha): -0,51%

CAC 40 (França): -0,91%

FTSE MIB (Itália): -0,97%

STOXX 600: -0,42%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com perdas, à medida que investidores monitoram discursos de vários membros do Fed.

Ontem, o índice de tecnologia Nasdaq fechou em patamar recorde, enquanto o índice S&P 500 registrou alta modesta, em meio ao avanço das ações de tecnologia antes dos resultados altamente esperados da Nvidia.

Dow Jones Futuro: -0,03%

S&P 500 Futuro: -0,03%

Nasdaq Futuro: -0,16%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com baixa, depois do recente entusiasmo com medidas de estímulos ao combalido setor imobiliário chinês.

Shanghai SE (China), -0,42%

Nikkei (Japão): -0,31%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,12%

Kospi (Coreia do Sul): -0,65%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, devido ao receio de que as altas taxas de juros dos EUA deprimam a procura pelo produto.

Petróleo WTI, -0,86%, a US$ 79,11 o barril

Petróleo Brent, -0,45%, a US$ 83,30 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, agentes do mercado aguardam mais discursos de membros do Fed (Federal Reserve).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, empresas do setor siderúrgico pretendem investir R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028. O valor foi anunciado ontem (20) após reunião entre representantes do segmento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros da área econômica. Na seara de indicadores, são aguardados para hoje os dados da arrecadação federal de abril.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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