Os mercados mundiais amanhecem no campo negativo, nesta terça-feira (21), em dia de agenda internacional esvaziada. Os investidores seguirão, hoje, acompanhando mais discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e os sinais emitidos pelas falas sobre o futuro da política monetária norte-americana.
Ainda nos EUA, os investidores aguardam o balanço da Nvidia, empresa do setor de IA (Inteligência Artificial), que tem impulsionado grande parte dos lucros recentes do S&P 500. As ações da Nvidia, que subiram mais de 90% este ano, avançaram 2,5% em Nova York ontem (20).
Os investidores também continuam a monitorar os preços das commodities, com ouro, prata e cobre negociados próximos de níveis recordes. O avanço das commodities, contudo, ainda não abalou a convicção de que a inflação continuará diminuindo, permitindo que o Fed e outros bancos centrais reduzam as taxas de juros este ano.
Por aqui, as atenções se voltam nos dados de arrecadação no Brasil em abril.
Na agenda governamental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vão à marcha dos prefeitos a partir das 10h.
Brasil
O sinal amarelo emitido pelo Boletim Focus do Banco Central, divulgado ontem (20), contaminou o movimento da Bolsa Brasileira. O Ibovespa acabou encerrando o pregão com baixa de 0,31%, aos 127.750 pontos, com perda de quase 400 pontos.
O fato é que o principal indicador da Bolsa tinha tudo para bombar, mas os mais de cem analistas ouvidos para a publicação do BC foram bastante pessimistas nas previsões econômicas do relatório.
Há no ar uma preocupação com a parte fiscal do governo, sentimento que piorou nas últimas semanas, principalmente devido à injeção de recursos que o Executivo está destinando para ajudar o Rio Grande o Sul. Nem as vítimas da pior catástrofe climática da história do RS é capaz de apaziguar o coração do mercado financeiro.
Nas negociações do dia, o dólar à vista fechou a R$ 5,10, com alta de 0,05%.
Europa
As bolsas europeias operam no vermelho, com os investidores acompanhando as falas de membros do Fed, o banco central norte-americano.
Dados da região não tiveram influência nos negócios hoje, embora os preços ao produtor (PPI) da Alemanha tenham caído mais que o esperado em abril e o superávit comercial da zona do euro tenha aumentado de fevereiro para março.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,37%
DAX (Alemanha): -0,51%
CAC 40 (França): -0,91%
FTSE MIB (Itália): -0,97%
STOXX 600: -0,42%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com perdas, à medida que investidores monitoram discursos de vários membros do Fed.
Ontem, o índice de tecnologia Nasdaq fechou em patamar recorde, enquanto o índice S&P 500 registrou alta modesta, em meio ao avanço das ações de tecnologia antes dos resultados altamente esperados da Nvidia.
Dow Jones Futuro: -0,03%
S&P 500 Futuro: -0,03%
Nasdaq Futuro: -0,16%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com baixa, depois do recente entusiasmo com medidas de estímulos ao combalido setor imobiliário chinês.
Shanghai SE (China), -0,42%
Nikkei (Japão): -0,31%
Hang Seng Index (Hong Kong): -2,12%
Kospi (Coreia do Sul): -0,65%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, devido ao receio de que as altas taxas de juros dos EUA deprimam a procura pelo produto.
Petróleo WTI, -0,86%, a US$ 79,11 o barril
Petróleo Brent, -0,45%, a US$ 83,30 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, agentes do mercado aguardam mais discursos de membros do Fed (Federal Reserve).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, empresas do setor siderúrgico pretendem investir R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028. O valor foi anunciado ontem (20) após reunião entre representantes do segmento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros da área econômica. Na seara de indicadores, são aguardados para hoje os dados da arrecadação federal de abril.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg