Em dia de divulgação da inflação dos EUA, mercados mundiais amanhecem no positivo

No Brasil, é aguardada a divulgação da inflação oficial medida pelo IPCA. O consenso LSEG aponta para a alta de 0,48% na comparação com novembro e de 4,54% na base anual.
11 de janeiro de 2024

Embalados pelo fechamento da véspera, os mercados mundiais amanhecem no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (11), dia de divulgação dos dados da inflação oficial de dezembro de 2023, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Nos Estados Unidos, o consenso do mercado para a inflação medida pelo CPI é de avanço de 0,2% em dezembro na comparação mensal. Na base anual, a inflação deve subir 3,2%, segundo analistas consultados pela Dow Jones. O indicador deve ajudar o investidor a calibrar as apostas em torno do ritmo de cortes juros pelo Fed (Federal Reserve) neste ano.

Já especialistas ouvidos pela Bloomberg apostam que o núcleo da inflação ano a ano caia para 3,8% em dezembro, frente aos 4% do mês anterior.

Ontem (10), o dirigente do Fed em Nova York, John Williams, disse que a política monetária está suficientemente restritiva para direcionar a inflação à meta do banco central (2% ao ano). No entanto, sugeriu que são necessárias mais evidências de arrefecimento da inflação antes de baixar os  juros.

Em outro frente, ontem, órgãos reguladores dos EUA aprovaram os primeiros fundos negociados em bolsa que investem diretamente em bitcoin. Mais cedo, o bitcoin chegou a subir quase 4%, acima dos US$ 47.700, antes de desacelerar seus ganhos.

No Brasil, é aguardada a divulgação da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

O consenso LSEG aponta para a alta de 0,48% na comparação com novembro e de 4,54% na base anual.

No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar hoje, em Brasília, que o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (10) em baixa pelo segundo dia consecutivo. O principal indicador da bolsa brasileira caiu 0,46%, aos 130.841 pontos, sentindo o baque das commodities no exterior.

Grande parte das ações do Ibovespa terminou o dia no vermelho, com a Vale (VALE3) caindo 1,50%, após nova queda do minério de ferro na China; e a Petrobras (PETR3;PETR4), que recuou, respectivamente, 0,99% e 0,92%, com a queda do petróleo, após a divulgação dos estoques nos EUA acima do esperado.

Por aqui, os investidores monitoraram as discussões entre o Congresso e o governo sobre a medida provisória que propõe reonerar, gradualmente, a folha de pagamentos para 17 setores da economia. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vai se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na próxima semana, para discutir o assunto que tem gerado bastante polêmica.

Já o dólar também perdeu força e encerrou o dia a R$ 4,8916, com baixa de 0,30% no mercado à vista.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quinta-feira, com os investidores aguardando os dados de inflação ao consumidor e o início da temporada de balanços do quarto trimestre.

Sobre a inflação medida pelo CPI, o consenso LSEG aponta para alta mensal de 0,2% e de 3,2% na base anual.

No campo corporativo, os investidores também estão de olho no início da temporada de resultados corporativos do quarto trimestre, com os gigantes bancários Bank of America e JPMorgan Chase divulgando seus resultados amanhã (12).

Dow Jones Futuro (EUA), +0,24%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,33%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,57%

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo na sessão de hoje, após vários dias de negociações mistas repercutindo os resultados macroeconômicos da região, que deixaram os mercados pessimistas.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,51%
DAX (Alemanha), +0,85%
CAC 40 (França), +0,68%
FTSE MIB (Itália), +0,85%
STOXX 600, +0,73%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, com o Nikkei, do Japão, liderando novamente os ganhos da região.

O índice japonês subiu 1,77% para se manter acima da marca de 35 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro de 1990, fechando em 35.049,86 pontos, enquanto as ações da Coreia do Sul mantiveram os ganhos depois de o Banco Central sul-coreano ter mantido as taxas de juro.

Shanghai SE (China), +0,31%
Nikkei (Japão), +1,77%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,27%
Kospi (Coreia do Sul), -0,07%
ASX 200 (Austrália), +0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, à medida que os mercados avaliam as tensões crescentes no Oriente Médio face a um aumento surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos.

Petróleo WTI, +0,63%, a US$ 71,82 o barril
Petróleo Brent, +0,64%, a US$ 77,29 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso LSEG projetando 210 mil solicitações no período; e, o mais importante, a inflação medida pelo CPI de dezembro, com projeções do LSEG apontando para alta mensal de 0,2% e de 3,2% na base anual.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, com o objetivo de dar mais rapidez aos processos de falência, o governo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei para mudar a Lei de Falências, que data de 2005. O projeto pretende ampliar os poderes dos credores, tendo em vista que eles são os principais interessados na liquidação eficiente dos bens ativos das empresas que se tornaram inviáveis. Na seara econômica, sai o IPCA de dezembro, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com o consenso LSEG apontando para alta de 0,48% na comparação com novembro e de 4,54% na base anual

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.