Os mercados mundiais estão em trajetória indefinida nesta manhã de quinta-feira (6), enquanto os índices futuros dos EUA operam em baixa. As bolsas asiáticas também fecharam hoje sem direção definida. Os investidores seguem cautelosos e de olho nos dados econômicos da economia americana para ver algum sinal de que a inflação está arrefecendo, o que poderia indicar um pé no freio do Fed (Federal Reserve) na condução da política monetária.
O discurso de Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, ajudou os investidores a ficarem com o pé atrás. Ontem (5), ele afirmou que a luta contra a inflação ainda está ‘nos primeiros dias’. Outras falas de dirigentes da autoridade monetária estão previstas para hoje e devem seguir a mesma linha de Bostic.
Além disso, investidores esperam pelos números de auxílio-desemprego semanal, com previsão Refinitiv de 203 mil solicitações. Esse é um dos principais termômetros usados pelo Fed na equação para definir os juros.
As informações divulgadas sobre o mercado de trabalho dos EUA mostraram que, em setembro, foram criadas 208 mil vagas de empregos, superando o consenso Refinitiv de 200 mil empregos. Na sexta-feira (7), o relatório de emprego de setembro do Bureau of Labor Statistics será divulgado, fornecendo ao Fed e aos investidores outro dado.
Enquanto isso, as bolsas da Europa operam mistas após abrirem em alta na sessão de ontem, com mercados globais tentando se recuperar da volatilidade recente.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (5), puxado pelos ganhos das ações da Petrobras. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,83%, a 117.198 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiros, no Brasil, os investidores continuam atentos com as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que seguem se movimentando em busca de apoios depois de um primeiro turno eleitoral muito mais apertado do que o esperado.
Nas negociações do dia, o dólar subiu 0,31% frente a moeda brasileira, a R$ 5,183 na compra e a R$ 5,184 na venda.
Europa
As bolsas europeias operam mistas nesta manhã, depois de abrirem em ligeira alta ontem. Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do BCE (Banco Central Europeu), realizada no começo de setembro, em busca de mais sinalizações sobre o futuro da política monetária no bloco.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,09%
DAX (Alemanha), +0,32%
CAC 40 (França), -0,02%
FTSE MIB (Itália), -0,44%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã. Os agentes do mercado financeiro a aguardam a divulgação do payroll, que pode trazer sinais se o mercado de trabalho desacelerou ou não. A taxa do Tesouro dos EUA de 10 anos atingiu 3,7%, subindo de 3,6% no dia anterior.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,21%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,28%
Ásia
Os mercados asiáticos também fecharam sem direção definida esta manhã, seguindo o arrefecimento do que ocorreu nos demais mercados. O Nikkei, do Japão, subiu 0,7%, para 27.311,30, enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, subiu 1,02% para 2.237,86. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,38%, após subir cerca de 6% na quarta-feira. Os mercados da China continental continuam fechados devido a um feriado esta semana.
Shanghai SE (China), fechado
Nikkei (Japão), +0,70%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,42%
Kospi (Coreia do Sul), +1,02%
Petróleo
As cotações do petróleo sobem pela quarta sessão consecutiva, depois que a Opep+ (Organização dos Países Exportatores de Petróleo e aliados) anunciou corte de produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia a partir de novembro, na maior redução desde 2020.
O corte pode estimular uma recuperação nos preços do petróleo, que caíram para cerca de US$ 90, de US$ 120 há três meses, por temores de uma recessão econômica global, aumento das taxas de juros dos EUA e um dólar mais forte.
Petróleo WTI, +0,13%, a US$ 87,87 o barril
Petróleo Brent, +0,16%, a US$ 93,52 o barril
Agenda
Serão divulgados às 9h30 os dados semanais do seguro-desemprego nos EUA, com previsão de 203 mil, contra 193 mil da semana passada.
Por aqui, no Brasil, no campo político, ontem (5) a senadora Simonet Tebet (5), terceiro lugar no primeiro turno das eleições de 2022, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) anunciaram apoio ao candidato do PT à Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No campo econômico, será divulgado hoje o IGP-DI de setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
