Os mercados mundiais operam majoritariamente em alta, nesta manhã de quarta-feira (24), acompanhando o movimento positivo da véspera, com os agentes acompanhando a agenda de divulgação de balanços corporativos e à espera da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) amanhã (25) e do PCE (inflação) na sexta-feira (26).
A temporada de resultados corporativos é destaque tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, com balanços da mineradora Vale e da Meta, dona do Facebook, previstos para serem divulgados após o fechamento dos mercados hoje.
Ontem, os indicadores dos EUA fecharam com a renovação da aposta de afrouxamento monetário ao longo do ano, após os dados mais fracos da atividade econômica (PMIs).
O índice de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) composto, que engloba os setores de indústria e serviços, caiu a 50,9 em abril, em leitura preliminar divulgada há pouco pela S&P Global. O número ficou abaixo da previsão de 52,5 para o mês.
Na Europa, as ações europeias tentam avançar nesta quarta-feira (24), com uma alta nos papéis de tecnologia não conseguindo sustentar fortes ganhos no índice em meio a resultados decepcionantes nos setores bancário e de luxo.
No Brasil, o texto principal da regulamentação da reforma tributária deve ser enviado ao Congresso Nacional até as 12h desta quarta-feira.
Brasil
Não durou muito tempo o bom humor na Bolsa brasileira. Depois de começar a semana no azul, o Ibovespa fechou a terça-feira (23) com baixa de 0,34%, aos 125.148 pontos, com o mercado já precificando a redução dos cortes da taxa básica de juros, a Selic, este ano.
O Boletim Focus do Banco Central, que traz projeções do mercado financeiro, aponta avanço do PIB (Produto Interno Bruto), do dólar, da inflação e, também, uma redução menor da Selic.
De acordo com a pesquisa semanal, a taxa básica de juros deve terminar o ciclo de cortes a 9,50% ao ano — há um mês, a projeção era de 9% ao ano — e a moeda norte-americana deve terminar o ano em R$ 5,00, ante R$ 4,97 da projeção anterior.
O dólar à vista terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%.
Europa
As ações europeias operam em alta hoje, impulsionadas pelos ganhos na Ásia e em Wall Street esta semana.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,47%
DAX (Alemanha): +0,32%
CAC 40 (França): +0,27%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,18%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, à medida que investidores analisam os últimos resultados financeiros das empresas americanas.
As ações da Tesla subiram mais de 13% no after hours ontem (23), depois que a empresa anunciou um impulso renovado em modelos de veículos elétricos “mais acessíveis”.
Os investidores também monitorarão os dados econômicos sobre bens duráveis, que serão divulgados pela manhã.
Dow Jones Futuro: -0,01%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,46%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta generalizada hoje, repercutindo os ganhos de Wall Street, que ontem subiu pelo segundo dia consecutivo.
Shanghai SE (China), +0,76%
Nikkei (Japão): +2,42%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,21%
Kospi (Coreia do Sul): +2,01%
ASX 200 (Austrália): -0,01%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, revertendo ganhos da sessão anterior, mesmo após dados da indústria terem mostrado uma queda surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada, um sinal positivo para a demanda.
Petróleo WTI, -0,46%, a US$ 82,98 o barril
Petróleo Brent, -0,35%, a US$ 88,11 o barril
Agenda
A agenda de hoje traz a divulgação do indicador de bens duráveis nos Estados Unidos.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem (23), o projeto de lei (PL) 1026/2024, que altera as regras do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). O texto, que agora segue para o Senado Federal, estabelece um teto de R$ 15 bilhões para os incentivos fiscais do setor, entre abril de 2024 e dezembro de 2026, e reduz de 44 para 30 as atividades contempladas. Na seara de indicadores, sai a confiança do consumidor de abril.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg