Os mercados mundiais operam no campo negativo, nesta manhã de quinta-feira (25), com as ações de tecnologia liderando as quedas nos índices futuros dos Estados Unidos, após a divulgação do resultado da Meta, dona do Facebook, decepcionar os agentes. Para hoje, os investidores aguardam os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre dos EUA.
Sobre o PIB, economistas consultados pela LSEG esperam que o indicador fique em 2,4%. Na frente corporativa, as gigantes de tecnologia Microsoft, Alphabet e Intel divulgam resultados após o fechamento.
No âmbito corporativo, a Meta despencou até 15% na bolsa antes da abertura dos mercados nesta quinta, depois de projetar vendas do segundo trimestre abaixo das expectativas dos analistas e aumentar as estimativas de gastos para o ano.
No Japão, os traders de ienes estão se preparando para um replay de setembro de 2022, quando o país interveio no mercado para sustentar a moeda enfraquecida após uma decisão do banco central que reafirmou uma política monetária acomodatícia.
No Brasil, Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária, dará entrevista para detalhar projeto que regulamenta a proposta aprovada no ano passado. O texto foi entregue pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, ontem (24).
Brasil
A temporada de balanços corporativos foi o que deu o tom dos mercados ontem (24). O Ibovespa terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos.
A expectativa dos agentes era para a divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Vale (VALE3), o que aconteceria após o fechamento da Bolsa brasileira.
Com a expectativa de balanço da Vale, a ação da empresa teve alta de 1,24%, a R$ 63,56. Mas não surtiu efeito no resultado final do indicador. Os juros altíssimos por aqui e lá fora dissiparam as chances de alta na bolsa e queda do dólar ante o real.
Por sua vez, o dólar recuperou o fôlego e fechou a R$ 5,1482, com alta de 0,35% no mercado à vista.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, com investidores repercutindo resultados corporativos. Em indicadores, estão previstos a pesquisa de sentimento do consumidor da Alemanha e os dados do clima de negócios da França para abril.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,62%
DAX (Alemanha): -0,60%
CAC 40 (França): -0,56%
FTSE MIB (Itália): -0,03%
STOXX 600: -0,21%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo hoje, depois que a Meta Platforms e a IBM divulgaram resultados trimestrais decepcionantes.
A ação da Meta despencou 15% no after hours depois que a gigante da mídia social emitiu uma projeção fraca de receita para o segundo trimestre. Já a IBM caiu 8% depois de divulgar a receita do primeiro trimestre abaixo do previsto.
Dow Jones Futuro: -0,35%
S&P 500 Futuro: -0,51%
Nasdaq Futuro: -0,82%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única hoje, com algumas delas realizando lucros após ganhos recentes e em clima de cautela antes do anúncio de política monetária do Banco do Japão (BoJ).
O índice japonês Nikkei liderou as quedas na região, ao fechar com baixa de 2,16% em Tóquio, a 37.628,48 pontos, enquanto investidores aguardam a decisão de juros do BoJ, que será anunciada na virada de hoje para amanhã (26).
No mês passado, o BC japonês elevou juros pela primeira vez em 17 anos, mas sinalizou que não teria pressa de apertar ainda mais sua política monetária. Desde então, o iene vem renovando mínimas em mais de três décadas em relação ao dólar.
Shanghai SE (China), +0,27%
Nikkei (Japão): -2,16%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,48%
Kospi (Coreia do Sul): -1,76%
ASX 200 (Austrália): -0,01%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leve baixa, uma vez que as preocupações sobre um potencial abrandamento da economia dos EUA, face às perspectivas de atrasos nos cortes das taxas de juro, superaram as preocupações sobre o risco de expansão do conflito no Médio Oriente.
Petróleo WTI, -0,13%, a US$ 82,70 o barril
Petróleo Brent, -0,10%, a US$ 87,94 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso LSEG prevendo 215 mil solicitações. Mas o dado mais aguardado é o PIB do 1º trimestre de 2024, com o consenso LSEG projetando alta de 2,4%.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou ao Congresso Nacional, na tarde de ontem (24), o primeiro projeto de lei complementar (PLP) para regulamentar a reforma tributária dos impostos sobre o consumo. A proposta prevê alíquota média do IVA (Imposto sobre Valor Adicionado) de 26,5%, podendo variar entre 25,7% e 27,3%, informou o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Atualmente, os bens e os serviços brasileiros pagam, em média, 34% de tributos federais, estaduais e municipais. Agenda de indicadores esvaziada por aqui.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg