Mercados mundiais repercutem atentado contra Donald Trump; índices futuros sobem e bolsas europeias caem

Por aqui, um dos destaques do começo desta semana será a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central de maio.
15 de julho de 2024

Os mercados mundiais estão repercutindo, nesta manhã de segunda-feira (15), o atentando contra o candidato à Presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump. Os índices futuros em Nova York operam no campo positivo hoje, à medida que agentes elevaram as apostas de que ex-presidente venceria a eleição presidencial americana após uma tentativa de assassinato durante um comício no último sábado (13).

O suspeito de ter atirado no comício de Trump no sábado estava agindo sozinho e usou um rifle do tipo AR comprado legalmente para disparar contra o ex-presidente dos Estados Unidos, disseram autoridades do FBI no domingo (14), acrescentando que não havia indícios de problemas de saúde mental com o suspeito.

A Convenção Nacional Republicana, um dos principais eventos do calendário eleitoral dos EUA, começará hoje em Milwaukee, Wisconsin, e Trump deve ser formalmente nomeado candidato do partido à presidência do país.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliavam o desempenho mais fraco do que o esperado do PIB (Produto Interno Bruto) da China e monitoravam reunião de líderes do país.

Por aqui, um dos destaques do começo desta semana será a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central de maio. O dado, que é visto como uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), mostra evolução da atividade econômica no país.

O BC também divulga hoje o Boletim Focus, com previsões do mercado financeiro para indicadores econômicos.

No campo político, as discussões sobre a desoneração da folha de pagamento ficaram para a última semana legislativa antes do recesso, que durará até agosto. Mais debates sobre a reforma tributária devem acontecer esta semana também.

Brasil

Ibovespa engatou a décima alta seguida, na maior sequência positiva desde 2017. O principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,47% na sexta-feira (12), aos 128.896 pontos.

Na semana, o índice subiu 2,08% e, no mês, acumula alta de 4,03%, reforçando o bom humor dos investidores. Por outro lado, a somatório do ano ainda é negativo em -3,94%.

Com o resultado de sexta, a carteira teórica da Bolsa encerrou a semana com 70 papéis no azul de um total de 86.

De acordo com investidores, o Ibovespa sobe com a ajuda do apetite tanto do investidor local quanto do estrangeiro. Esse é um pouco do efeito da inflação menor nos EUA, sinalizando que pode vir corte de juros na reunião de setembro do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Já o dólar comercial, após iniciar a semana com alta, foi perdendo força ao longo dos dias e encerrou o dia com queda de 0,20%, cotado a R$ 5,43.

Europa

Os mercados europeus operam no campo negativo, com os investidores também repercutindo por lá o impacto de uma tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, nas eleições presidenciais dos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%

DAX (Alemanha): -0,06%

CAC 40 (França): -0,20%

FTSE MIB (Itália): -0,09%

STOXX 600: -0,04%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam no positivo, com os agentes repercutindo a tentativa de assassinato de Donald Trump e à espera de falas do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, quanto a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly.

No campo corporativo, o Goldman Sachs divulga os números antes da abertura, enquanto o Morgan Stanley e o Bank of America divulgarão os resultados nesta terça-feira (16).

Dow Jones Futuro: +0,52%

S&P 500 Futuro: +0,42%

Nasdaq Futuro: +0,49%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliavam o desempenho mais fraco do que o esperado do PIB (Produto Interno Bruto) da China e monitoravam reunião de líderes do país.

No segundo trimestre, o PIB da China teve expansão anual de 4,7%, abaixo da projeção de alta de 5,1%. Apenas em junho, as vendas no varejo chinês também avançaram menos do que o esperado, mas a produção industrial cresceu mais do que se previa.

No campo político, o Partido Comunista da China deu início hoje ao chamado Terceiro Plenário, reunião de quatro dias em que se esperam possíveis estímulos econômicos ao país.

Shanghai SE (China), +0,09%

Nikkei (Japão): -2,45%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,52%

Kospi (Coreia do Sul): +0,14%

ASX 200 (Austrália): +0,73%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta após abertura negativa, em meio à incerteza política nos EUA após um ataque ao candidato presidencial Donald Trump, enquanto investidores observavam o progresso das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Petróleo WTI, +0,30%, a US$ 82,46 o barril

Petróleo Brent, +0,25%, a US$ 85,24 o barril

Agenda

Para hoje, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, em resposta ao questionamento do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, sobre o pagamento da dívida de Minas Gerais com a União, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem (15) que há uma previsão de votação do projeto de lei complementar no Senado Federal na primeira quinzena de agosto de 2024. Na seara de indicadores, serão divulgados hoje o Boletim Focus e o IBC-Br de maio.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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