Os mercados mundiais sobem nesta manhã de segunda-feira (3), com os investidores repercutindo os dados do setor manufatureiro da Ásia e com renovadas esperanças de cortes nos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos). O índice Stoxx 600 da Europa subiu perto de 0,50%, enquanto os futuros dos EUA também avançam.
Esta semana será marcada pela divulgação do payroll (folha de pagamentos) dos Estados Unidos na sexta-feira (7), importante sinalizador do quão aquecido está o mercado de trabalho nos Estados Unidos; a decisão sobre juros do BCE (Banco Central Europeu) na quinta-feira (6); e os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre no Brasil amanhã (4).
Em relação ao payroll, principal dado de emprego dos EUA, com o consenso do mercado enxergando a criação de 175 mil vagas de emprego no quinto mês do ano.
Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta segunda-feira (3) com o ministro Alexandre Padilha e líderes do governo no Congresso.
Na seara de indicadores, saem hoje o Boletim Focus e o PMI da indústria de maio.
Brasil
O Ibovespa fechou a sexta-feira (31) pós feriado de Corpus Christi com baixa de 0,5%, aos 122.098 pontos, acumulando queda de 3% no mês de maio. Ao longo deste ano, o único mês em que o Ibovespa fechou com alta foi fevereiro.
De modo geral, os negócios por aqui seguem repercutindo o humor dos mercados internacionais. Hoje, esse foi o caso.
Nesta manhã, foi divulgado o PCE, como é conhecido o indicador preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), usado para balizar a política monetária.
O índice veio em linha com as projeções do mercado. E o alívio com a inflação dentro do esperado impulsionou ganhos nos índices Dow Jones e S&P 500.
O dólar encerrou o dia em alta. A moeda norte-americana subiu 0,81% hoje, cotada em R$ 5,2508. No mês, a alta acumulada foi de 1,13%.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo positivo, prolongando a recuperação da semana passada, enquanto os investidores aguardam a última decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre taxas de juros.
A expectativa é que a autoridade monetária da zona do euro reduza as taxas de juro pela primeira vez desde 2019, em decisão que será divulgada na quinta-feira (6).
FTSE 100 (Reino Unido): +0,15%
DAX (Alemanha): +0,73%
CAC 40 (França): +0,25%
FTSE MIB (Itália): +0,72%
STOXX 600: +0,36%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam majoritariamente com alta hoje, após um maio forte, com todos os três principais índices alcançando seu sexto mês positivo em sete. O Nasdaq subiu 6,9%, seu melhor mês desde novembro de 2023.
Dow Jones Futuro: -0,08%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,40%
Ásia
As bolsas asiáticas também fecharam com alta em sua maioria, em meio a um alívio em preocupações com a inflação e os juros nos EUA.
Na sexta-feira (31), dados da inflação PCE dos EUA vieram em linha com o previsto, reforçando expectativas de que os juros básicos norte-americanos serão reduzidos este ano e ajudando a impulsionar os índices Dow Jones e S&P 500 em Nova York.
Shanghai SE (China), -0,27%
Nikkei (Japão): +1,13%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,79%
Kospi (Coreia do Sul): +1,74%
ASX 200 (Austrália): +0,77%
Petróleo
Os preços do petróleo começaram em alta, virando para baixa em seguida, depois da decisão do grupo de produtores OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) de prolongar os cortes na produção até 2025.
Petróleo WTI, -0,28%, a US$ 76,78 o barril
Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 80,73 o barril
Agenda
Saem hoje o PMI de indústria de maio; gastos com construção de abril; e o ISM de indústria de maio.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, nesta segunda-feira (3), com os líderes do governo no Congresso, após derrotas sofridas pelo Planalto em votação durante sessão conjunta na semana passada. O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria das Relações Institucionais, também participa do encontro, a partir das 9h. Na seara de indicadores, saem hoje o Boletim Focus e o PMI de indústria de maio.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg