Após novo recorde do S&P 500 e Dow Jones, mercados mundiais abrem no vermelho; IPCA-15 é destaque no Brasil

Considerado a prévia oficial da inflação no Brasil, a expectativa é de alta de 0,27% do IPCA-15 na comparação mensal.
25 de setembro de 2024

Os mercados mundiais começaram a quarta-feira (25) no campo negativo, após os recordes renovados do Dow Jones e do S&P 500. O Nasdaq também subiu e está a menos de 4% de seu recorde. As máximas renovadas na véspera ocorreram devido ao otimismo que tomou conta dos mercados com o anúncio de medidas de estímulos à economia chinesa na terça-feira (24). Os títulos do Tesouro e o dólar se estabilizaram.

Os três principais indicadores do mercado norte-americano caminha para encerrar setembro em alta, embora os investidores estejam receosos de uma desaceleração na economia norte-americana. Na semana passada, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduziu os juros em 0,50 ponto percentual.

Com o início do ciclo de afrouxamento das taxas de juros, a atenção dos investidores se volta agora a mais dados macroeconômicos dos EUA.

Ao menos três assuntos estão no radar dos agentes nesta semana: Jerome Powell, presidente do Fed, fala nesta quinta-feira (26) sobre política monetária; no mesmo dia tem leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre; e na sexta-feira (27) sai os números da inflação de consumo pessoal, o PCE, o favorito do Fed para balizar a política de juros.

Na Ásia, investidores saíram às compras de ativos que possam se beneficiar de uma atividade mais intensa na segunda maior economia do mundo, de ações de emergentes a futuros de minério de ferro e cobre, com a expectativa de mais medidas de estímulo de Pequim.

Por aqui, os olhares se voltam para o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia oficial da inflação no Brasil. A expectativa é de alta de 0,27% na comparação mensal. Também saem a sondagem da construção de setembro e os dados das transações correntes.

Brasil

Ibovespa voltou a subir ontem (24) após a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e com o anúncio de um pacote de estímulos pela China, que ajudou a impulsionar as siderúrgicas.

O principal indicador da Bolsa brasileira subiu depois de cinco pregões no vermelho, apontando alta de 1,22%, aos 132.155,76 pontos, um ganho de 1.587,39 pontos. Foi a maior alta em um dia desde 4 de setembro (+1,31%).

Com isso, a Vale (VALE3), peso-pesado do indicador, disparou 4,88% devido à perspectiva para o mercado de commodities. Outras siderúrgicas foram no embalo. A maior alta do dia foi de CSN (CSNA3), com 9,39%. A Usiminas (USIM5) também subiu forte, a 7,68%, além de Gerdau (GGBR4), que avançou 4,17%, e CSN Mineração (CMIN3), que terminou com mais 4,11%.

O dólar comercial acompanhou o sentimento e caiu 1,30%, cotado a R$ 5,46.

Europa

As bolsas europeias operam no campo negativo, reduzindo os ganhos da sessão anterior devido às medidas de estímulo chinesas.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,02%
DAX (Alemanha): -0,44%
CAC 40 (França): -0,53%
FTSE MIB (Itália): -0,07%
STOXX 600: -0,15%

Estados Unidos

Os índices futuros caem hoje, após os recordes da véspera, com os traders aumentando suas apostas para novos cortes nas taxas de juros.

Dow Jones Futuro: -0,10%
S&P 500 Futuro: -0,18%
Nasdaq Futuro: -0,36%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com a bolsa da China liderando os ganhos, impulsionada pelas medidas de estímulo anunciadas por Pequim na véspera.

Shanghai SE (China), +1,16%
Nikkei (Japão): -0,19%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,68%
Kospi (Coreia do Sul): -1,34%
ASX 200 (Austrália): -0,19%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, após subirem na sessão anterior devido à diminuição do entusiasmo pelo estímulo econômico na China, o maior importador de petróleo bruto do mundo.

Petróleo WTI, -0,24%, a US$ 71,39 o barril
Petróleo Brent, -0,13%, a US$ 75,07 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados de moradias novas.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, em agosto, 5 milhões de pessoas de famílias beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões via Pix a plataformas de apostas. Os dados são de uma nota técnica, divulgada ontem (24) pelo Banco Central, sobre o mercado de apostas online no país. O valor médio transferido por beneficiário é de R$ 100. Entre os apostadores, 70% são chefes de família – ou seja, aqueles que de fato recebem o benefício -, que enviaram R$ 2 bilhões (67%) via Pix para as bets. Na agenda de indicadores, saem hoje os dados da sondagem da construção de setembro, pela FGV (Fundação Getulio Vargas); transações Correntes e o IPCA-15, que é o grande destaque.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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