Mercados mundiais operam no vermelho com tensão no Oriente Médio, economia chinesa e fala de Powell no radar

Por aqui, a Vale divulga hoje, após o fechamento do pregão, seu relatório trimestral de produção. Também saem hoje o IGP-10 e o Boletim Focus.
16 de abril de 2024

Os mercados mundiais operam no campo negativo, nesta manhã de terça-feira (16), com vários assuntos no radar dos investidores, incluindo a tensão no Oriente Médio com impactos nos preços do petróleo e as preocupações de que o aperto monetário deve persistir ainda por mais tempo nas principais economias do globo.

Para hoje, saem nos Estados Unidos os dados da indústria no mês de março e investidores aguardam falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, sobre as perspectivas econômicas, após dados de inflação acima do esperado na semana passada.

Na Europa, o Deutsche Bank e o Morgan Stanley reduziram suas previsões para os juros do BCE (Banco Central Europeu), prevendo agora apenas três reduções este ano. Anteriormente, eles antecipavam cinco cortes de 0,25 ponto percentual em 2024.

Na Ásia, o PIB (Produto Interno Bruto) da China cresceu 5,3% no primeiro trimestre de 2024, percentual acima dos 4,6% previstos por economistas consultados pela Reuters. Porém, tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo da segunda maior economia do mundo avançaram menos do que o previsto em março.

Já o dólar está a caminho de sua melhor sequência de ganhos em mais de um ano, à medida que as crescentes expectativas de que as taxas de juros dos EUA permanecerão altas por mais tempo levam os investidores a acumularem a divisa.

Por aqui, a Vale divulga hoje, após o fechamento do pregão, seu relatório trimestral de produção. A expectativa é de que a companhia tenha produzido 68,2 milhões de toneladas de minério de ferro no 1º trimestre, segundo analistas consultados pela Bloomberg.

Brasil

O Ibovespa registrou ontem (15) sua quarta baixa consecutiva ao encerrar a sessão com queda de 0,49%, chegando a 125.333 pontos, resultando em uma perda superior a 610 pontos. O dia foi marcado pelos impactos da escalada das tensões no Oriente Médio.

O dólar também apresentou um aumento significativo, atingindo níveis que não eram vistos desde março de 2023, com uma alta de 1,24%, alcançando R$ 5,185.

Além disso, os juros futuros (DIs) também aumentaram em toda a curva. Em Nova York, os principais índices registraram quedas consistentes.

Europa

As bolsas europeias operam com forte queda hoje, à medida que investidores acompanham de perto o desenrolar do conflito no Oriente Médio, após a troca de ataques entre Israel e Irã.

Na frente indicadores, o desemprego no Reino Unido aumentou para 4,2%, acima dos 3,9% do ano anterior, enquanto o crescimento regular dos salários, excluindo bónus, aumentou mais do que o esperado (6%).

FTSE 100 (Reino Unido): -1,51%

DAX (Alemanha): -1,46%

CAC 40 (França): -1,30%

FTSE MIB (Itália): -1,73%

STOXX 600: -1,43%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leve baixa nesta manhã, com investidores à espera da divulgação dos resultados do Bank of America, Johnson & Johnson e Morgan Stanley.

No âmbito macroeconômico, também estão previstos os dados sobre o início de habitações e licenças de construção.

Dow Jones Futuro: -0,17%

S&P 500 Futuro: -0,16%

Nasdaq Futuro: -0,11%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa significativa, também repercutindo a escalada da tensão no Oriente Médio e após divulgação de dados econômicos da China.

A maior preocupação é que uma escalada do conflito no Oriente Médio impulsione o petróleo, alimente a inflação e dificulte a redução dos juros pelos bancos centrais das principais economias.

Shanghai SE (China), -1,65%

Nikkei (Japão): -1,94%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,12%

Kospi (Coreia do Sul): -2,28%

ASX 200 (Austrália): -1,81%

Petróleo

Os preços do petróleo operam no vermelho, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, depois que o chefe militar de Israel disse que seu país responderia ao ataque do Irã do fim de semana, mesmo com pedidos de contenção por parte de aliados.

Petróleo WTI, -0,47%, a US$ 85,01 o barril

Petróleo Brent, -0,41%, a US$ 89,73 o barril

Agenda

A agenda desta terça-feira traz dados da indústria e do setor imobiliário dos Estados Unidos. Jerome Powell, presidente do Fed, participa de debate sobre tendências econômicas na América do Norte.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, comentou ontem (15) sobre a mudança na meta fiscal de 2025, de um superávit primário de 0,50% do PIB (Produto Interno Bruto) para um déficit zero, o mesmo objetivo deste ano. “A meta de 2025 mudou para 0%, ainda no campo de equilíbrio, mas precisamos cuidar”, comentou durante entrevista coletiva para detalhar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). No campo de dados, saem hoje o IGP-10 e o Boletim Focus.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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