Depois da forte alta desta terça-feira nas bolsas mundiais, na manhã desta quarta (18) as bolsas da Europa e os índices futuros dos EUA operam estáveis. O pano de fundo dos mercados continua sendo a inflação e, sobretudo, o peso da mão do Federal Reserve (Fed) no aumento do custo do dinheiro. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse em uma conferência do Wall Street Journal, ontem, que “ não haverá nenhuma hesitação ” em aumentar as taxas até que a inflação esteja sob controle. No entanto, alguns dados econômicos recentes, incluindo o relatório de empregos e os dados de vendas no varejo de abril, mostram o crescimento da economia americana. Os mercados asiáticos fecharam mistos nesta quarta-feira.
Mercado de cripto
Em sentido contrário está o mercado de cripto esta manhã. Após tentar recuperar com mais força o preço de US$ 30 mil ontem (17), o Bitcoin (BTC) volta a recuar e é negociado abaixo deste patamar. Às 7h, a criptomoeda opera em queda de 2,4% nas últimas 24 horas, a US$ 29.965. O Ethereum (ETH), segunda cripto mais valiosa do mercado, segue ritmo similar e cai 2,7% no mesmo horário, para US$ 2.034 – na semana, porém, o ETH atinge perdas de 13,2%, contra 3,4% do BTC. O desempenho do Ethereum aponta mais uma vez para um momento de maior risco entre as altcoins, como são chamadas as criptomoedas além do Bitcoin – quase todas as 100 com maior valor de mercado registram queda nesta manhã.
Brasil
O Ibovespa teve a quinta alta consecutiva nesta terça-feira (17). Isto porque o mercado operou um pouco mais otimista com notícias de que os casos de Covid-19 na China diminuíram, levando a um possível relaxamento das restrições no país. Também os indicadores de produção industrial e do varejo dos EUA apresentaram desempenho em linha com o esperado. A bolsa brasileira subiu 0,51%, aos 108.789 pontos, após oscilar entre 108.244 e 109.773 pontos. O volume financeiro foi de R$ 32,3 bilhões. O dólar registrou queda pela quarta sessão consecutiva, fechando o dia com recuo de 2,15%, a R$ 4,942, após oscilar entre R$ 4,927 e R$ 5,102.
Europa
As bolsas da Europa operam em diferentes sentidos, à medida que os investidores digeriram comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA.
FTSE 100 (Reino Unido), 0,00%
DAX (Alemanha), -0,09%
CAC 40 (França), -0,08%
FTSE MIB (Itália), -0,01%
Estados Unidos
Leve queda nos índices futuros dos EUA nesta manhã, com os investidores repercutindo os comentários considerados mais hawkish (duros com relação à inflação) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,20%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,33%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,61%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas. Destaque para o Nikkei 225 no Japão que subiu 0,94%, para 26.911,20, após a economia japonesa encolher menos que o esperado no primeiro trimestre de 2022.
Shanghai SE (China), -0,25%
Nikkei (Japão), +0,94%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,20%
Kospi (Coreia do Sul), +0,21%
Petróleo
O fato de a China afrouxar gradualmente algumas de suas rígidas medidas de contenção do Covid-19 reflete nos preços do petróleo, que sobem.
Petróleo WTI, +1,69%, a US$ 114,30 o barril
Petróleo Brent, +1,36%, a US$ 113,45 o barril
Agenda
Nos EUA serão divulgados os índices da construção de casas novas de abril e a variação de estoques de petróleo EIA semanal, com consenso Refinitiv de alta de 1,533 milhão de barris. No fim do dia é aguardado o discurso do diretor do Fed, Thomas Harker.
Por aqui no Brasil, no campo corporativo, está em pauta a privatização da Eletrobras. O dia também marca o vencimento de opções sobre Ibovespa, que pode adicionar volatilidade ao índice.
Redação ICL Economia
Com informações das agências