Resultados da Microsoft e da Alphabet impulsionam índices futuros, que operam no campo positivo nesta manhã de 4ª

Por sua vez, bolsas da Europa estão em movimento negativo, assim como os mercados asiáticos, que fecharam no vermelho em sua maioria
26 de abril de 2023

Os bons resultados da Microsoft e da Alphabet (dona da Google), divulgados após os fechamentos dos mercados ontem (25), impulsionaram o Nasdaq e, hoje (26), os índices futuros estão em trajetória de alta, revertendo o movimento da véspera. Por outro lado, as bolsas da Europa operam no negativo, repercutindo dados locais, assim como os mercados asiáticos, que fecharam no vermelho em sua maioria.

A receita da Microsoft superou as expectativas e registrou um grande salto na receita de seu segmento de negócios de nuvem. As ações da empresa subiram 8% no after market. A Alphabet, controladora do Google, registrou receita melhor do que o previsto, de acordo com a Refinitiv, e obteve lucro em seu negócio de nuvem pela primeira vez na história. Os papeis da corporação subiram mais de 2%.

Agora, os investidores aguardam os resultados da Boeing, Hilton Worldwide, Spirit Airlines e Travel + Leisure, antes da abertura dos mercados. Após o fechamento, Meta Platforms, eBay e Mattel reportarão seus números trimestrais.

Na Europa, as bolsas operam em baixa. Lá, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, as ações de tecnologia, industriais e de bancos estão caindo, porque as preocupações com a saúde financeira global continuam no radar dos investidores.

O mesmo sentimento também fez com que a maioria dos mercados asiáticos também fechasse no negativo.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (25) em queda, com os mercados antecipando a decisão de juros nos Estados Unidos e de olhos na audiência do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no Senado Federal. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,70%, aos 103.220 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, a semana continua com mais cautela nos mercados internacionais. A expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) segue no radar. A estimativa do mercado é de nova alta de 0,25 ponto percentual na faixa de juros, mas investidores aguardam as sinalizações futuras do Fomc (sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto).

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou no positivo, com mais 0,47% frente ao real, cotado a R$ 5,064 na compra e a R$ 5,065 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa, com as ações de tecnologia caindo 2,1%, as industriais recuando 2% e os bancos -1,5%, com o sentimento dos investidores de que a economia global não está tão saudável quanto parece e preocupações com o setor bancário.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,30%
DAX (Alemanha), -0,52%
CAC 40 (França), -0,64%
FTSE MIB (Itália), -0,67%
STOXX 600, -0,69%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de quarta-feira, com destaque para o Nasdaq, que foi impulsionado pelos resultados do primeiro trimestre acima do esperado da Alphabet (Google) e da Microsoft. Hoje, será divulgado o balanço da Meta (Facebook) após o fechamento dos mercados.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,37%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,25%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, com os investidores preocupados com a saúde financeira global. Por lá, os mercados repercutiram o balanço do First Republic Bank, que apontou queda de 40%, para US$ 104,5 bilhões, nos depósitos bancários no primeiro trimestre. Os papéis da instituição caíram mais de 49% na véspera.

Os investidores também repercutiram os números da inflação da Austrália no primeiro trimestre de 2023, que desacelerou para 7% em relação ao ano anterior (7,8%), e os dados da produção industrial de Cingapura, que caiu 4,2% em março, melhor que o projetado pelo mercado, que previa queda de 6,1%.

Shanghai SE (China), -0,02%
Nikkei (Japão), -0,71%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,71%
Kospi (Coreia do Sul), -0,17%
ASX 200 (Austrália), -0,08%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com alta, após a divulgação dos dados dos estoques de petróleo bruto nos EUA, que caíram cerca de 6,1 milhões de barris na semana encerrada em 21 de abril, conforme dados do American Petroleum Institute na terça-feira. Analistas esperavam que os estoques de petróleo caíssem cerca de 1,5 milhão de barris.

Petróleo WTI, +0,86%, a US$ 77,73 o barril
Petróleo Brent, +0,61%, a US$ 81,26 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados de bens duráveis de março e dos estoques de petróleo.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o mercado repercute a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que esteve ontem (25) em audiência no Senado explicando as razões para a taxa básica de juros estar tão alta (13,75% ao ano), e a viagem do presidente Lula à Espanha. Na pauta de indicadores, os investidores aguardam para hoje a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de abril. O consenso Refinitiv prevê uma alta mensal de 0,61%, levando o índice anual a 4,2%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney

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