Ministro dos Transportes projeta obter R$ 80 bilhões com a otimização dos contratos de infraestrutura

Repactuar os contratos, em vez que de nova licitação é o caminho mais curto e permite resolver eventuais problemas contratuais e de receitas das empresas e conter aumento de tarifas que poderiam vir com uma nova concessão
3 de agosto de 2023

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu caminho, na quarta-feira (2), para novos investimentos bilionários em concessões de rodovias e para uma solução definitiva ao impasse vivido pelo aeroporto do Galeão (RJ). A reportagem do site da CNN informa que o ministro dos Transportes, Renan Filho, prevê obter R$ 80 bilhões com a otimização dos contratos e cerca de R$ 40 bilhões para dentro do Governo. O ministro quer rever o modelo dos contratos para melhorar a qualidade deles daqui para frente.

Desde o começo da semana, o ministro dos Transportes vinha acompanhando a movimentação no TCU e defendendo que o relatório do ministro Vital do Rêgo Filho, do TCU, fosse aprovado. Para o ministro dos Transportes, “o voto do relator é bom e ideal para o governo”, informa o site da CNN.

Ministro dos Transportes defende a tese de que é melhor aceitar a desistência e repactuar os contratos do que fazer uma nova licitação

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Crédito / Arquivo Agência Brasil

A consulta ao TCU foi feita pelos ministérios de Portos e Aeroportos e o dos Transportes. O governo queria saber se era possível uma concessionária desistir de devolver um empreendimento.

O ministro dos Transportes defendia a tese de que é melhor aceitar a desistência e repactuar os contratos do que fazer uma nova licitação.

Esse caminho, além de mais curto, permitiria resolver eventuais problemas contratuais e de receitas das empresas e conter aumento de tarifas que poderiam vir com uma nova concessão.

O relator Vital do Rêgo Filho votou para que o governo verifique as possibilidades de encerramento do processo de nova licitação. Eventual constatação de ilegalidade ou desvio de finalidade da concessionária poderá levar à nulidade do pedido de relicitação.

Vital do Rêgo ainda entendeu que o governo pode encerrar por conta própria o processo de relicitação, desde que obedeça 14 condições.

Alguns ativos já estão em processo de devolução ao governo, como a BR-163 no Mato Grosso do Sul e a BR-101 no Espírito Santo. Mas o grande impacto envolve o aeroporto de Galeão, no Rio.

A decisão do TCU permite ao Ministério dos Transportes renegociar esses contratos, em vez de retomar as concessões e relicitá-las, mediante compromissos de novos investimentos.

No ano passado, a concessionária responsável pelo Galeão — privatizado em 2013 — decidiu entregar voluntariamente o ativo à União. Depois, no entanto, voltou ao governo para verificar a possibilidade de um recuo.


Redação ICL Economia
Com informação da CNN e das agências de notícias

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