Na véspera da decisão do Fed, Ibovespa recua 1,12%. Em abril, índice acumula queda de 1,70%

O dólar conseguiu recuperar o fôlego e fechou a R$ 5,1923, com avanço de 1,51% no mercado à vista. Em abril, a moeda norte-americana teve alta de 3,53%. Este foi o pior mês para o real desde agosto de 2023.
30 de abril de 2024

O Ibovespa terminou o pregão, desta terça-feira (30), véspera de decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) e do feriado de Dia do Trabalho, com baixa de 1,12%, aos 125.924,19 pontos. No mês, o índice acumulou queda de 1,70%.

Em apenas quatro meses, o principal índice de ações do país teve três quedas mensais – só em fevereiro não houve.

O sentimento de aversão ao risco pautou os negócios nos mercados mundiais hoje. Os investidores estão à espera de mais informações sobre os rumos da política monetária nos EUA antes de dar os próximos passos.

Ainda assim, o volume de negociações ficou acima da média dos últimos 12 meses, em torno de R$ 18 bilhões.

Por aqui, os destaques foram a taxa de desemprego, que ficou em 7,9% no primeiro trimestre do ano, a menor taxa desde 2014, o relatório de produção da Petrobras (PETR4) entre janeiro e março e o balanço do Santander (SANB11).

Em abril, as ações da Petrobras (PETR4) lideraram os ganhos do mês, apoiadas pelo anúncio da distribuição dos dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023. Na ponta negativa, CVC (CVCB3) figura como a maior queda dos últimos 30 dias.

Amanhã, a Bolsa brasileira não opera, mas no exterior sairá a decisão do Fed sobre os juros (a expectativa é de manutenção das taxas), acompanhada pelo discurso do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell.

O dólar conseguiu recuperar o fôlego e fechou a R$ 5,1923, com avanço de 1,51% no mercado à vista. Em abril, a moeda norte-americana teve alta de 3,53%. Este foi o pior mês para o real desde agosto de 2023.

Destaques do Ibovespa

Na ponta positiva do Ibovespa, o Santander liderou os ganhos desde a abertura das negociações, com os investidores repercutindo o balanço do primeiro trimestre melhor do que o esperado. A alta das ações foi de 2,74%.

Na outra ponta, o Magazine Luiza (MGLU3) e a Casas Bahia (BHIA3) lideraram as perdas do pregão pressionados pela abertura da curva de juros futuros brasileira, na expectativa pela decisão do Banco Central dos Estados Unidos. As quedas foram de, respectivamente, 6,21% e 6,16%.

Mercado externo

As bolsas de Nova York terminaram o último pregão do mês com forte queda, de olho na decisão do Fed amanhã, mas, principalmente, na coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, após o anúncio.

o S&P 500 fechou com baixa de 1,57%, aos 5.035,69 pontos; o Dow Jones em -1,49%, aos 37.815,92 pontos; e o Nasdaq, -2,04%, aos 15.657,82 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias 

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