No embalo da Nvidia, índices futuros sobem hoje; IPCA-15 e reunião do CMN são destaques no Brasil

Por aqui, dados da dívida pública e entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao UOL também estão na agenda.
26 de junho de 2024

Os índices futuros de Nova York operam em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira (26), assim como as ações europeias. Nos Estados Unidos, os indicadores repercutem a recuperação impulsionada pela ações de tecnologia em Wall Street, alimentada ontem (25) pelo salto de 7% da Nvidia, fabricante de chips de inteligência artificial (IA).

A empresa subia quase 3% nas negociações do pré-mercado nesta quarta-feira, corrigindo parte do tombo de quase 13% que havia sofrido nos três pregões anteriores e impulsionando o Nasdaq.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA também avançam na sessão de hoje, uma vez que os investidores avaliam os últimos comentários dos integrantes ​​do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre a política monetária e aguardam dados econômicos importantes.

As ações europeias sobem depois que um formulador de política monetária da zona do euro sugeriu que mais dois cortes nas taxas de juros podem ocorrer ainda este ano.

No Brasil, a agenda está farta hoje, mas tem como destaque a divulgação do IPCA-15 de junho, com projeção LSEG de alta de 0,45% na base mensal e de 4,12% na base anual.

Além da prévia da inflação, são destaque os dados da dívida pública e a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).

Tem também entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao UOL. O chefe do executivo validou na véspera o sistema de meta contínua de inflação, com alvo em 3%. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem nova reunião com secretários da equipe econômica.

Brasil

Depois de cinco altas seguidas, o Ibovespa caiu 0,25% na terça-feira (25), mas se manteve na faixa dos 122.331 pontos.

Uma parte dos analistas atribui a queda, que nem foi tanta assim, ao típico ajuste que o mercado faz às vezes depois de altas ou baixas consecutivas. Outra parte, porém, diz que foi em repercussão à ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que interrompeu o ciclo de reduções da taxa Selic.

O documento traz preocupações com as pressões inflacionárias e prevê que a taxa básica de juros deve ser mantida em patamar mais elevado até ao menos 2025.

O dólar comercial voltou a subir ontem (25), encerrando o dia com alta de 1,16%, cotado a R$ 5,45.

Europa

As bolsas europeias operam com ganhos, revertendo as perdas da sessão anterior, à medida que as ações globais de chips se recuperam.

Os investidores também estão atentos aos sinais de política monetária do BCE (Banco Central Europeu). As expectativas dos investidores de que o BCE afrouxe a política monetária mais duas vezes este ano são justas, de acordo com o membro do Conselho do BCE, Olli Rehn, que acrescentou que as autoridades não deveriam reduzir excessivamente a atividade econômica.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,45%

DAX (Alemanha): +0,58%

CAC 40 (França): +0,06%

FTSE MIB (Itália): -0,02%

STOXX 600: +0,25%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos sobem hoje, no embalo da valorização da Nvidia ontem.

Dow Jones Futuro: +0,02%

S&P 500 Futuro: +0,17%

Nasdaq Futuro: +0,31%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com alta, à medida que ações de semicondutores e outras relacionadas ao setor avançaram após a recuperação da Nvidia ontem.

Shanghai SE (China), +0,76%

Nikkei (Japão): +1,26%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,09%

Kospi (Coreia do Sul): +0,64%

ASX 200 (Austrália): -0,71%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem após abertura negativa, apesar das preocupações sobre uma procura mais fraca do que o esperado nos Estados Unidos.

Petróleo WTI, +0,89%, a US$ 81,55 o barril

Petróleo Brent, +0,74%, a US$ 85,64 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, são aguardados dados de vendas de casas novas, além dos resultados trimestrais da General Mills e Paychex pela manhã e os números da Micron após o fechamento dos mercados.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva validou o decreto que altera o regime de meta de inflação anual para o modelo de meta contínua a partir de 2025, com alvo em 3%. A decisão deve ser publicada nesta quarta-feira (26) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A validação do chefe do Executivo ocorreu na tarde de terça, durante reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a ministra interina da Casa Civil, Miriam Belchior, no Palácio do Planalto. O encontro também contou com a presença do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não constava na agenda de Lula. Na agenda de hoje, os destaques são para a divulgação do IPCA-15 de junho, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,45% na base mensal e de 4,12% na base anual; confiança da indústria de junho; resultado do governo central de maio, com o consenso LSEG projetando déficit de R$ 54,2 bilhões; e a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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