Operação é oscilante nos mercados internacionais sob temor de recessão econômica

Analistas têm apontado que as ações em todo o mundo estão experimentando a pior venda em pelo menos três décadas
5 de julho de 2022

Os mercados internacionais operam oscilantes nesta manhã de terça-feira (5), apesar das negociações voltarem à normalidade com a retomada das operações de Wall Street (EUA), que ontem esteve fechado devido a feriado. Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias estão em baixa. Apenas os mercados da Ásia fecharam em leve alta. Os investidores temem que a inflação crescente e persistente leve a recessão econômica. Analistas têm apontado que as ações em todo o mundo estão experimentando a pior venda em pelo menos três décadas.

Brasil

O principal índice da Bolsa brasileira fechou o pregão desta segunda-feira (4) em queda, operando sem a referência de Wall Street, devido ao feriado da Independência nos EUA. No entanto, o mercado brasileiro repercutiu novas medidas de restrição contra a Covid-19 na China e segue impactado pelos riscos fiscais internos. O Ibovespa encerrou no negativo (-0,35%), aos 98.608 pontos. O volume financeiro negociado ficou em R$ 11,2 bilhões, bem abaixo da média. O dólar comercial fechou o dia com pequena alta de 0,09%, sendo negociado a R$ 5,325 na compra e R$ 5,326 na venda.

Europa

As bolsas da Europa recuam nesta manhã, muito devido aos mercados globais que não conseguiram consolidar os ganhos após uma semana positiva para as ações na semana passada. Seguem os temores de uma recessão iminente à medida que os bancos centrais apertam a política monetária para conter a inflação crescente.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,96%
DAX (Alemanha), -1,19%
CAC 40 (França), -1,20%
FTSE MIB (Itália), -0,89%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa após feriado da Independência, com investidores aguardando a divulgação da ata do Fomc nesta quarta-feira (6) e o payroll na sexta (8).

Dow Jones Futuro (EUA), -0,51%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,57%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,72%

Ásia

A maior parte das bolsas asiáticas fecharam leve alta nesta terça-feira (5). A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, conversaram nesta segunda-feira (4) para discutir questões macroeconômicas. EUA e a China negociam a remoção de algumas tarifas e sanções comerciais da era Trump, o que poderia ser um alívio para inflação crescente.

Shanghai SE (China), -0,04%
Nikkei (Japão), +1,03%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,10%
Kospi (Coreia do Sul), +1,80%

Petróleo

Os preços do petróleo WTI sobem nesta manhã, devido à greve na Noruega que pode interromper a produção de petróleo e gás, alimentando preocupações com a oferta apertada.

Petróleo WTI, +0,65%, a US$ 109,13 o barril
Petróleo Brent, -0,53%, a US$ 112,90 o barril

Agenda

Nos EUA, o dia terá apenas a divulgação da variação nas encomendas à indústria de maio, com projeção Refinitiv de alta de 0,5% na base mensal

Por aqui no Brasil, no campo político, aguarda-se as definições sobre a votação na Câmara “PEC dos Auxílios”, que pode continuar incorporando novos benefícios. Há a preocupação do mercado que a constante abertura de exceções fragilize o teto do gasto público e, consequentemente, aumenta o risco fiscal do país. Quanto aos indicadores econômicos, saem hoje os índices de produção industrial de maio; e o PMI de serviços de junho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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