O mandato do presidente do BC termina no fim do ano. Lula tem sido crítico da gestão dele à frente da autarquia.
A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10) também indica uma melhora na percepção sobre a economia entre os que ganham até 2 salários mínimos. Pesquisa mostra que aprovação e reprovação do presidente se descolou.
Em entrevista à Rádio O Tempo nesta sexta-feira (28), o petista cobrou do BC que investiga as recentes altas do dólar. “Por que o dólar está subindo? Porque tem especulação", criticou.
Seguindo narrativas que seriam alimentadas pelo presidente do BC, o mercado eleva as projeções de inflação no Boletim Focus e dá ao Banco Central argumentos para a alta dos juros, favorecendo o rentismo e o próprio mercado.
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está", declarou Lula.
Petista fez as declarações durante café da manhã com jornalistas ontem (23) de manhã, no Palácio do Planalto.
Em entrevistas concedidas nos últimos dias, o ministro da Fazenda anunciou a ideia de criar títulos para impulsionar o mercado imobiliário e que a pasta vai revisar a projeção de crescimento da economia de 2,2% para 2,5% neste ano.
Segundo fontes do governo, a pauta da reunião não foi divulgada, mas seria uma tentativa de Haddad de tentar melhorar a relação de Lula e Campos Neto. Pedido de encontro teria partido do presidente do BC.
Em resposta à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que publicou a notícia, o Banco Central disse que "não existe e jamais existirá censura ou cerceamento de qualquer espécie à livre manifestação dos dirigentes do BC"
Para o economista do ICL André Campedelli, "a deflação ocorrida em junho não pode ser atribuída à política de taxa de juros do Banco Central". Principal consequência da Selic alta, segundo ele, foi impedir retomada econômica mais vigorosa da economia brasileira