Equipe econômica apresentou ontem (15) a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, que traz uma previsão de subida mais gradual do superávit das contas públicas: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.
Somente as despesas com juros totalizaram R$ 718 bilhões em 2023, ou 6,6% do PIB, contra R$ 586 bilhões (5,82% do PIB), conforme dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (7).
Por outro lado, a Previdência Social (RGPS) apresentou déficit de R$ 18,6 bilhões, o que empurrou as contas do governo para baixo. Resultado de outubro foi menor do que o registrado no mesmo mês de 2022 (R$ 30,6 bi).
Compensação de crédito de PIS/Cofins por causa da exclusão do ICMS da base de cálculos dos impostos federais está entre as explicações para o aumento do déficit. Equipe econômica também anuncia mais R$ 1,1 bi em bloqueio de despesas.
Rogério Ceron disse, nesta sexta-feira (27), que pressões não contabilizadas devem elevar déficit entre R$ 80 bi a R$ 85 bi em 2023.
Fazenda e Planejamento também aumentaram a previsão para o rombo nas contas do governo neste ano para R$ 145,4 bilhões.
Na avaliação da equipe econômica do governo, a pioria na estimativa de déficit das contas públicas para este ano se deu devido ao aumento de despesas, principalmente às atreladas ao salário mínimo
Como a promessa de campanha do governo Lula é não criar nem aumentar impostos, meta é aumentar o caixa buscando reverter regras responsáveis por distorções que privilegiam determinados grupos e emagrecem o caixa da União
Texto diz que simplificação e modernização do sistema tributário brasileiro pode "efeitos positivos na produtividade e no crescimento econômico", permitindo ao país "realizar um menor esforço fiscal para estabilizar a sua dívida pública como proporção do PIB"
O déficit primário de R$ 26,45 bilhões em fevereiro nas contas públicas é o pior montante desde o início da série histórica do Banco Central, em 2002. Na proporção com o PIB, o saldo negativo, de 3,22% no mês passado fica em 3,37% do PIB