Aumento das despesas foi em parte devido à antecipação do pagamento de precatórios federais ao estado do Rio Grande do Sul.
Governo enviará medidas adicionais caso haja frustração de receita.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou que a desoneração da folha de pagamento dos municípios pesou na arrecadação dos cofres públicos, acarretando o bloqueio no Orçamento.
Do total, R$ 11,2 bi serão bloqueio e R$ 3,8 bi, contingenciamento. Os detalhes sobre os cortes serão informados na apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, na próxima segunda-feira (22)
Desde o início do ano, o tribunal julgou cerca de R$ 90 bilhões em conflitos tributários por mês, mas os contribuintes derrotados pela regra de desempate ainda estão em tratativas com a Receita para decidir sobre o pagamento.
Ministério do Planejamento reverteu o bloqueio de R$ 2,9 bilhões que havia acontecido em março para respeitar regras fiscais.
Sobre o impacto da Previdência nas contas públicas, Bruno Dantas apontou que, "se segregamos a Previdência, o Tesouro é superavitário". "O que nos empurra para o déficit é a Previdência", disse.
O déficit do mês aconteceu apesar de um aumento na arrecadação federal, que somou um recorde histórico para o período de R$ 190,5 bilhões. Resultado foi influenciado pelo pagamento de precatórios.
Ao propor a mudança, o Executivo indica ainda a possibilidade de novo déficit no ano que vem, já que a meta conta com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos.
Em entrevista coletiva, Haddad também falou sobre gastos necessários para enfrentar o que chamou de "quadro caótico", como o calote no pagamento de precatório que aconteceu no governo Bolsonaro.