Ministério do Planejamento reverteu o bloqueio de R$ 2,9 bilhões que havia acontecido em março para respeitar regras fiscais.
Sobre o impacto da Previdência nas contas públicas, Bruno Dantas apontou que, "se segregamos a Previdência, o Tesouro é superavitário". "O que nos empurra para o déficit é a Previdência", disse.
O déficit do mês aconteceu apesar de um aumento na arrecadação federal, que somou um recorde histórico para o período de R$ 190,5 bilhões. Resultado foi influenciado pelo pagamento de precatórios.
Conta pode subir ainda mais se o Congresso continuar impondo derrotas ao governo, como a questão da desoneração da folha de pagamentos e o fim gradual do Perse.
Equipe econômica apresentou ontem (15) a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, que traz uma previsão de subida mais gradual do superávit das contas públicas: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.
Ao propor a mudança, o Executivo indica ainda a possibilidade de novo déficit no ano que vem, já que a meta conta com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos.
Diante da difilcudade em aprovar medidas para elevar o caixa, equipe econômica já trabalha com a revisão de meta para 2025.
Para este ano, a ministra do Planejamento também admitiu incertezas quanto à meta fiscal, a qual, segundo ela, está passando por avaliação "mês a mês".
O percentual equivale a uma arrecadação extra de R$ 123,9 bilhões, considerando a projeção da Secretaria de Política Econômica para o PIB nominal do ano que vem.
Em entrevista coletiva, Haddad também falou sobre gastos necessários para enfrentar o que chamou de "quadro caótico", como o calote no pagamento de precatório que aconteceu no governo Bolsonaro.