"Pode ser que venha uma pressão adicional de Previdência e que exija um bloqueio adicional. Não me parece, neste momento, que vai ocorrer uma pressão dos níveis que observamos no bimestre passado, mas vamos observar”, afirmou Rogério Ceron.
Só a Previdência Social terá um aumento de R$ 71,1 bilhões em 2025 e puxará a alta de R$ 132,2 bilhões das despesas obrigatórias no Orçamento do ano que vem.
O governo, segundo o ministro da Fazenda, aguardará a realização dos cálculos mais otimistas do Senado e, se as projeções se confirmarem, as medidas adicionais poderão não ser necessárias.
O ministro da Fazenda disse que o projeto de lei orçamentária (PLOA) de 2025 será enviado ao Congresso com propostas de aumento de impostos sobre a renda, envolvendo o JCP e a CSLL.
Desse total, R$ 12,2 bilhões correspondem à desoneração da folha de pagamentos a 17 setores da economia.
Segundo o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social), que cuida do Bolsa Família, com a inflação sob controle, o valor médio pago às famílias (R$ 681,09 por mês) mantém o poder de compra dos beneficiários.
Após três meses de intensa negociação, o projeto foi aprovado com medidas para compensar a perda de caixa do governo com a manutenção do benefício a empresas e pequenos municípios.
Ideia do governo é fiscalizar empresas para detectar possível sonegação e lavagem de dinheiro na cadeia das transações.
Senado deve votar hoje o projeto que cria o Propag, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Sobre a desoneração, governo teria aceitado desistir de elevar a alíquota da CSLL.
Na última segunda-feira (5), houve uma reunião entre representantes do setor hoteleiro e o secretário do Fisco, Robinson Barreirinhas.