Em dia de divulgação do payroll nos EUA, mercados mundiais operam em trajetória de alta

No Brasil, a semana termina com a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2023. O consenso Refinitiv estima um crescimento de 0,3% na base trimestral e de 2,7% na anual.
1 de setembro de 2023

Os mercados mundiais operam em movimento de alta, nesta manhã de sexta-feira (1º), com os investidores na expectativa para a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) referente a agosto, que pode confirmar as expectativas de manutenção dos juros na reunião de setembro do Fed (Federal Reserve).

Os mercados estimam atualmente uma probabilidade de 89% de uma pausa dos juros em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Sobre o payroll, as expectativas indicam um aumento de 170 mil postos de trabalho nos EUA no mês passado e uma taxa de desemprego de 3,5%.

O mercado também avalia os efeitos de novas medidas da China para estimular a economia. O banco central chinês reduziu pela primeira vez este ano a exigência de depósitos em moeda estrangeira que os bancos devem ter em reserva, de 6% para 4%.

O governo chinês ainda anunciou permissão para reduzir o pagamento inicial aos compradores de casas e está incentivando os bancos a baixarem as taxas de hipotecas existentes. O indicador PMI Caixin mostrou uma expansão inesperada da atividade industrial no país, que atingiu em agosto o maior patamar em seis meses.

Por aqui, a semana termina com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023. O consenso Refinitiv estima um crescimento de 0,3% na base trimestral e de 2,7% na anual.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (31) em queda com o cenário político pressionando os negócios no Brasil. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,53%, aos 115.742 pontos, acumulando queda de 5,19% em agosto e encerrando uma sequência de quatro meses de alta. Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão de olho no texto do Orçamento de 2024, entregue ontem (31) pelo governo federal ao Congresso Nacional.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar avançou 4,6% frente ao real em agosto, com alta de 1,68% na quinta-feira, cotado a R$ 4,950.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta em sua maioria, com os investidores também aguardando o relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

No campo corporativo, as ações de petróleo e gás subiram 1,8% depois que analistas aumentaram as previsões do preço da commodity para 2023 pela primeira vez em quatro meses.

Por outro lado, as ações do setor automotivo caíram 1,46%, depois que uma pesquisa do Instituto ifo da Alemanha sinalizou uma deterioração no sentimento entre as montadoras; quase metade disse que a falta de pedidos estava impedindo a produção.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,49%
DAX (Alemanha), -0,02%
CAC 40 (França), +0,06%
FTSE MIB (Itália), +0,22%
STOXX 600, +0,22%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, com investidores à espera do payroll, que pode fornecer pistas se o mercado de trabalho está desacelerando e informar as futuras decisões de política monetária do Fed.

Apesar de uma série recente de sessões positivas que ajudaram os principais índices de ações de NY a reduzir as suas perdas mensais, o S&P 500 perdeu 1,77%, enquanto o Nasdaq caiu 2,17%. O Dow de 30 ações caiu 2,36% em agosto.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,22%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,09%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única na sessão desta sexta-feira, à medida que investidores repercutiram a decisão dos principais bancos da China de reduzirem as taxas sobre depósitos em yuan.

A decisão surge no mesmo dia em que o Banco Popular da China anunciou que reduzirá o percentual de reservas cambiais obrigatórias para instituições financeiras em 200 pontos-base a partir de 15 de setembro.

Shanghai SE (China), +0,43%
Nikkei (Japão), +0,28%
Hang Seng Index (Hong Kong), fechado
Kospi (Coreia do Sul), +0,29%
ASX 200 (Austrália), -0,37%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta e caminham para interromper uma seqüência de duas semanas de perdas, ao subirem pela quarta sessão consecutiva devido ao aperto na oferta e às expectativas da Opep+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados) estender os cortes de produção até o fim do ano.

Petróleo WTI, +0,53%, a US$ 84,07 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 87,24 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, haverá a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) referente a agosto, com a projeção Refinitiv de criação de 170 mil vagas.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, ontem (31), o governo entregou o Orçamento de 2024 ao Congresso com a meta de zerar o déficit primário no ano que vem. Ainda ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a meta representa um desafio. Ele, no entanto, afirmou que a equipe econômica está comprometida em reequilibrar as contas públicas, empenhada em cumprir a meta de um pequeno superávit primário de R$ 2,84 bilhões em 2024, equivalente a 0% do PIB, conforme o projeto do Orçamento de 2024. Na agenda de indicadores, a semana termina com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023. O consenso Refinitiv prevê crescimento de 0,3% na base trimestral e de 2,7% na anual, com a maior contribuição positiva proveniente do setor de serviços, seguido pela estabilidade na indústria, enquanto o segmento agrícola deve apresentar uma contribuição negativa.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, do InfoMoney e da Bloomberg

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