Petrobras decide sobre dividendos e elege novo conselho nesta quinta (25)

Em reunião, o conselho não se opôs à proposta da diretoria de pagar os dividendos extraordinários em 50%.
25 de abril de 2024

A Petrobras realiza nesta quinta-feira (25) assembleia de acionistas para eleger um novo conselho de administração e definir sobre o pagamento de dividendos extraordinários.

De acordo com apuração do G1, o Conselho de Administração da Petrobras vai levar para a assembleia a proposta para distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal.

Em reunião na sexta (19), o conselho entendeu que a capacidade de financiamento dos projetos da estatal subiu de 65% para 85%, isso em razão do aumento do preço do barril do petróleo. Por conta disso, o conselho não se opôs à proposta da diretoria de pagar os dividendos extraordinários em 50%

Se aprovado em assembleia, o pagamento de metade dos dividendos fará a Petrobras distribuir quase R$ 22 bilhões ao mercado.

Diante disso, o Ministério da Fazenda calcula que o governo conseguirá uma receita adicional de R$ 6 bilhões, uma vez que a União é acionista majoritária da empresa e, por isso, ganha uma parcela do pagamento.

Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. No caso dos extraordinários, eles são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente.

Pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras tem gerado polêmica e disputa

O pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras esteve no centro de uma disputa de poder entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates. Para debelar a crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva interveio, uma vez que a crise chegou a abalar a bolsa brasileira.

O Conselho de Administração da Petrobras havia aprovado a retenção de R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários num fundo de reserva. A decisão ocorreu após a divulgação do resultado do quarto trimestre de 2023 da empresa. Na ocasião, o CEO da petroleira se absteve de votar, mas defendeu que metade do valor fosse repassado, ao avaliar que isso não impactaria o plano de investimentos da companhia.

A estratégia do governo ao não pagar os extraordinários foi fortalecer o cofre. Essa verba não pode ser usada para investimento, mas fica numa caixa de contingência.

Porém, no dia seguinte à polêmica envolvendo esses dividendos, as ações da Petrobras tiveram queda de 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia.

 

Redação ICL Economia

Com informações do Brasil 247 e do G1

 

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