Petrobras busca evitar repasse da volatilidade das cotações do petróleo

Estatal também quer fontes alternativas de energia para as mais diversas indústrias e previsibilidade de entrega, explica o presidente da Petrobras
4 de abril de 2023

A redução da oferta de petróleo no mercado internacional deve causar um choque de preços, o que pode impactar os valores dos combustíveis no Brasil. Segundo relatório de sexta-feira (31/3) da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina brasileira está sendo vendida por um valor 2% abaixo do mercado internacional. 

Apesar da redução da oferta de petróleo e choque de preços no mercado internacional, a Petrobras busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio, informou a empresa em nota oficial na segunda-feira (3). Também a Petrobras está ativa em busca de fontes alternativa de energia. Recentemente, anunciou ampliação da produção de gás nacional na região Nordeste.

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, “o gás é o combustível crucial de transição energética. Não só por sua versatilidade de aplicação, como fonte de energia para as mais diversas indústrias e previsibilidade de entrega, mas, principalmente, por sua eficiência em emissões”, avaliou.

Objetivo é impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo, afirma o presidente da Petrobras

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras

Crédito: Pedro França/Agência Senado

Prates disse que o projeto Sergipe Águas Profundas se destaca pelas reservas expressivas, com potencial de impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo.

Está em andamento o início do processo de contratação para afretamento de dois navios plataforma, destinados ao projeto Sergipe Águas Profundas, na Bacia de Sergipe-Alagoas, a cerca de 100 km da costa.

Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), as unidades serão estratégicas para ampliar a produção de gás natural. Cada plataforma terá capacidade de processar, até 120 mil barris de petróleo por dia (bpd).

O óleo da região é leve, considerado de boa qualidade, entre 38 e 41 graus API [que mede a densidade dos líquidos derivados do petróleo] e de maior valor comercial. Juntas, as duas unidades terão potencial de ofertar até 18 milhões de m3 de gás por dia.

De acordo com a companhia, o projeto traz oportunidades para o setor e para os estados de Sergipe e Alagoas, com a implantação de um projeto de produção em águas profundas acima de 2500 metros, incorporando inovações de última geração.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e Agência Brasil

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