A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (27) o reinício dos processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias. Para as três refinarias, a Petrobras contratou o Citigroup Global Markets Assessoria.
O prazo original acordado com o Cade para vender as refinarias da Petrobras acabou no fim do ano passado, mas foi renegociado. Segundo comunicado divulgado pela Petrobras, as principais etapas dos processos de venda ainda serão divulgadas.
O plano também prevê a venda integral da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e da Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias.
O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado. (Com informações do Valor Econômico).
Paulo Guedes retoma entrega de refinarias da Petrobras para manter o Brasil dependente na área de energia
A tentativa do governo Bolsonaro de controlar os preços dos combustíveis antes das eleições é puro jogo de cena. Isso porque, ontem mesmo, no dia em que o conselho da Petrobras aprovou o nome de seu novo presidente, o ministro Paulo Guedes anunciou a venda de refinarias que representam metade da capacidade brasileira.
“No dia em que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o nome de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia, a estatal reiniciou nesta segunda-feira os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, bem como os ativos logísticos integrados a essas refinarias. O processo de venda dessas unidades estava parado desde o ano passado após o baixo interesse das empresas pelos ativos. O plano de desinvestimento em refino da Petrobras representa, aproximadamente, 50% da capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado”, informa o jornalista Bruno Rosa, do Globo.