A renda dos trabalhadores brasileiros diminuiu cerca de 10% em um ano apesar de um recuo de 6,6% da população desocupada. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Continua) divulgados na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o rendimento real habitual, R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro, mostrou redução de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 9,7% frente ao mesmo trimestre de 2021.
Quando analisado por categorias, o IBGE revela que não houve crescimento do rendimento médio habitual em nenhuma categoria e que algumas apresentaram queda: indústria (4,1%, ou menos R$ 102) e Administração Pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços (2,1%, ou menos R$ 76).
A drástica diminuição da renda da classe trabalhadora é observada desde o ano passado pelo IBGE. A PNAD divulgada em novembro já revelada esse tombo no poder de compra da maioria da população brasileira: a renda média dos trabalhadores recuou 4% no 3º trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores para R$ 2.459.
Esse é o menor rendimento médio real (descontada a inflação) desde o 4º trimestre de 2012 (R$ 2.451).
Dessa maneira, trata-se da quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor nível história, iniciada em 2012.
Além disso, na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o trabalhador viu o seu rendimento encolher 11,10%.
Em 2020, a renda média da classe trabalhadora era de R$ 2.766, ou seja, quando comparado, há uma redução de R$ 204, para os R$ 2.459.
Da Revista Fórum