Os mercados mundiais começam esta segunda-feira (29) reverberando o movimento positivo da sexta-feira passada (26). Nesta terça-feira (30), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) inicia sua reunião para definir o rumo dos juros do país, com anúncio que será feito na quarta-feira (1º), Dia do Trabalho.
As ações e os futuros sobem nesta manhã à medida que o otimismo com os ganhos corporativos compensaram, por ora, a preocupação com taxas de juros mais altas por mais tempo.
Embora se espere que o Fed mantenha os juros, os investidores continuarão a acompanhar de perto a conferência de imprensa pós-anúncio com o presidente da autoridade monetária estadunidense, Jerome Powell.
Em outra frente, os investidores também seguirão aguardando a temporada de balanços, com as divulgações dos resultados do McDonald’s, Coca Cola, Apple e Amazon.
Na Europa, a maioria das bolsas também seguem no movimento positivo com a decisão sobre os juros nos EUA e a temporada de balanços no radar dos agentes.
Por aqui, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgará o IGP-M de abril, com expectativa de alta de 0,03% na comparação mensal.
No campo corporativo, a Casas Bahia anunciou ontem (28) que fechou um acordo de recuperação extrajudicial com seus principais credores, Banco do Brasil e Bradesco. A negociação envolve R$ 4,1 bilhões em dívidas.
Brasil
O Ibovespa fechou a sexta-feira (26) com alta de 1,51%, aos 126.526 pontos. O movimento do dia ajudou o principal indicador da bolsa brasileira a fechar a semana com avanço de 1,12%.
A boa notícia do dia começou em casa. A prévia da inflação oficial, o IPCA-15, desacelerou em abril na comparação com março. O índice marcou avanço de 0,21%, ficando abaixo das expectativas que calculavam que a alta chegaria a 0,29%. Os DIs (juros futuros) surfaram na onda e caíram por toda a curva, mas ainda acima dos 10%.
Já o dólar acelerou as perdas e terminou o dia a R$ 5,11, com queda de 0,91% no mercado à vista. Na semana, a moeda norte-americana recuou 1,60%.
Europa
As bolsas da Europa operam com ganhos, enquanto investidores aguardam decisões de políticas monetárias e resultados corporativos.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%
DAX (Alemanha): -0,03%
CAC 40 (França): +0,07%
FTSE MIB (Itália): +0,14%
STOXX 600: +0,28%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no positivo, em início de semana marcada por decisão de política monetária nos Estados Unidos na quarta-feira (1º).
A expectativa é de que o Fomc mantenha as taxas de juros em uma banda de 5,25% e 5,50% ao ano, uma vez que a inflação norte-americana se mantém resiliente.
Dow Jones Futuro: +0,12%
S&P 500 Futuro: +0,16%
Nasdaq Futuro: +0,24%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta generalizada, após Wall Street encerrar a última semana em tom positivo e à medida que ações de incorporadoras saltaram na China e em Hong Kong, depois da notícia de que uma grande cidade chinesa eliminou restrições a compras de moradias.
Na frente de dados, o índice oficial de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) da China para abril é esperado na terça-feira, antes do feriado do Dia do Trabalho, ao lado de outros dados da produção industrial e das vendas no varejo do Japão de março.
Shanghai SE (China), +0,79%
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,54%
Kospi (Coreia do Sul): +1,17%
ASX 200 (Austrália): +0,81%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no campo negativo, revertendo os ganhos da sessão anterior, uma vez que os dados de inflação dos EUA reduziram as chances de cortes nas taxas de juros no curto prazo e impulsionaram o dólar, o que prejudica a demanda por petróleo.
Petróleo WTI, -0,31%, a US$ 83,59 o barril
Petróleo Brent, -0,60%, a US$ 88,96 o barril
Agenda
Agenda internacional sem indicadores relevantes.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, na última sexta-feira (26), que vai entrar com um recurso de agravo em relação à decisão do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a desoneração da folha de pagamento. Na seara de indicadores, sai hoje o IGP-M de abril.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg