A tragédia sem precedentes na história do Rio Grande do Sul, em que mais de 90% dos municípios foram afetados pelas fortes cheias em consequências dos temporais que atingiram o estado entre o fim de abril e início de maio, trouxe enormes impactos econômicos que já começam a ser contabilizados.
Entrevistado na edição de ontem (16) do ICL Mercado e Investimentos, programa diário transmitido no canal do ICL no YouTube e apresentado pelos economistas Deborah Magagna e André Campedelli, o também economista Rafael Pahim falou diretamente de Porto Alegre, capital gaúcha, sobre as perdas que começam a ser contabilizadas.
“Ainda é muita água, acima do que tivemos há quase 100 anos. Mas algumas estimativas já foram feitas pelo pessoal da UFRGS [Universidade Federal do Rio Grande do Sul] e da PUC-RS [Pontifícia Universidade Católica]. As estimativas hoje – e ainda vão piorar, porque a água ainda está muito alta -, são de mais de R$ 30 bilhões na queda de estoque em capital fixo. Isso é mais ou menos 3% de todo o capital fixo do RS que foi destruído ou quase destruído de um dia para o outro”, diz o economista, que é doutorando em economia na UFRGS.
Segundo ele, o RS tem por ano, em média, investimento de R$ 100 bilhões, incluindo o público e o privado. “Perdemos, em um dia, um terço disso”, lamenta.
Pahim conta que os impactos da tragédia climática na economia gaúcha são divididos em dois ramos: no fluxo de renda (PIB e arrecadação do governo) e no estoque da renda (máquinas, equipamentos, casas, plantas industriais e infraestrutura geral). Mas a estimativa consolidada das perdas só será possível fazer quando as águas – que hoje estão acima de 4,70 metros – baixarem.
Assista à entrevista completa com o economista Rafael Pahim no vídeo abaixo:
Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos