Nesta manhã (28), os ministros de Energia do G7 se pronunciaram em relação ao pagamento em rublos pelo fornecimento russo de gás natural. A exigência do governo Putin foi rejeitada por unanimidade, pois foi considerada como uma quebra unilateral de contratos.
Comunicado divulgado pela Rússia reitera que países “hostis” devem pagar em rublos, não em euros, por seu gás, após Estados Unidos e aliados europeus se unirem em uma série de sanções contra a Rússia
Segundo a Rússia, não haverá fornecimento de gás à Europa de graça. No momento, o país está elaborando métodos para aceitar pagamentos por suas exportações de gás em rublos e tomará decisões no devido tempo caso os países europeus se recusem a pagar na moeda russa.
O banco central russo, o governo e a Gazprom, que responde por 40% das importações europeias de gás, devem apresentar suas propostas de pagamentos de gás em rublo ao presidente russo, Vladimir Putin, até 31 de março.
“Não vamos fornecer gás de graça, isso está claro”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma teleconferência. “Na nossa situação, não é possível nem apropriado se envolver em caridade (com clientes europeus)”.
Na sexta-feira, o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, aconselhou os fornecedores de energia alemães a não pagarem pelo gás russo em rublos, em entrevista à emissora Welt.
A Itália continuará pagando à Rússia por energia em euros, disse um importante assessor econômico do governo italiano na semana passada.
“O grande problema na Europa é o gás e a Rússia está nos pedindo para pagar em rublos que não temos e não está no contrato”, disse o executivo-chefe do grupo italiano de energia Eni, Claudio Descalzi, nesta segunda-feira (28), em um evento do setor nos Emirados Árabes Unidos.
O Reino Unido anunciou neste final de semana que romperá contratos públicos que tenham fornecedores russos e bielorrussos, o governo britânico está levantando seus contratos para que as empresas sejam identificadas e cortadas do fornecimento do setor público.
A medida tem como objetivo pressionar o governo da Rússia e engloba também os contratos de energia, atualmente um quinto do gás comercial do Reino Unido é fornecido por empresas russas, além do país ser um importante fornecedor do setor do Serviço Nacional de Saúde estatal.
A polonesa PGNiG, que tem contrato com a Gazprom até o final do ano, também disse que não pode simplesmente passar a pagar em rublos.
Com informações das agências de notícias e do relatório Investidor Mestre Rússia e Ucrânia