O setor de serviços no país cresceu 1,7% em março, na comparação com o mês anterior. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador.
Os serviços também estão 7,2% acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-pandemia de covid-19, mas ainda 4,0% abaixo do patamar mais alto, registrado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com março de 2021, o setor registrou alta de 11,4%. No acumulado do ano, o setor cresceu 9,4% e, no acumulado de 12 meses, alta de 13,6%.
A receita nominal dos serviços cresceu 1,2% na comparação com fevereiro deste ano, 17,9% em relação a março do ano passado, 15,4% no acumulado do ano e 18,2% no acumulado de 12 meses.
A alta de 1,7% do volume de serviços em março foi acompanhada pelas cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para os transportes (2,7%).
Transporte ligado ao comércio eletrônico e ao agronegócio contribuiu para alta do setor de serviços
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, os segmentos que mais influenciaram a alta dessa atividade estão os transportes rodoviário de cargas e aéreo de passageiros.
“Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia. Outra influência foi o transporte aéreo de passageiro, não só por conta do aumento do fluxo de passageiros, o que gerou maiores receitas das companhias aéreas, mas também porque foi ajudado pela queda do preço das passagens aéreas observadas no mês de março”, explicou.
As demais atividades apresentaram as seguintes taxas de crescimento no setor de serviços: informação e comunicação (1,7%), profissionais, administrativos e complementares (1,5%), prestados às famílias (2,4%) e outros serviços (1,6%).
O índice de atividades turísticas cresceu 4,5% em março, após recuo acumulado de 0,9% nos dois primeiros meses do ano. Mesmo com o aumento, o segmento de turismo ainda se encontra 6,5% abaixo do patamar pré-pandemia. “O indicador vai na esteira de serviços prestados às famílias e transportes, crescendo também em março muito influenciado pela alta de transportes aéreos, restaurantes, hotéis e serviços de bufê”, diz.
Os 12 locais pesquisados cresceram na comparação com fevereiro. Entre eles, os que mais contribuíram para o avanço do índice geral foram São Paulo (7,0%), Bahia (8,0%), Santa Catarina (11,8%) e Rio de Janeiro (2,9%).
Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo