Em Davos, Alexandre Silveira cobra investimentos de países ricos na transição energética

Ministro de Minas e Energia, que participa do Fórum Econômico Mundial, destacou que a presidência brasileira no G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, é uma grande oportunidade para o país pautar e defender a transição energética.
16 de janeiro de 2024

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou hoje (16), durante participação do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que os países industrializados invistam em transição energética. Segundo ele, o Brasil já fez a transição energética e construiu, ao longo de décadas, estabilidade regulatória reconhecida no mundo, respeitando contratos e tendo conquistado estabilidade política e social.

Durante o painel, que também contou com as participações das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e da Saúde, Nísia Trindade, Silveira destacou, inclusive, que a presidência brasileira no G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, é uma grande oportunidade para o país pautar e defender a transição energética justa e inclusiva.

“O G20 será uma grande oportunidade para o Brasil, para que a transição energética seja vista como uma transição que leve em consideração, além da questão da sustentabilidade, que é fundamental e imprescindível, a questão econômica e o combate à desigualdade. Acredito que o G20 nos dará a oportunidade de, mais de uma vez, fazer uma cobrança terna, mas severa dos países industrializados e dos países ricos que reiteradamente se comprometem em investir em transição energética, em investir em emissão de baixo carbono, mas que esse discurso está muito distante de se tornar uma realidade”, finalizou Silveira.

O ministro afirmou ainda que o desafio do país é que a transição energética seja justa para a população brasileira e ajude a combater desigualdades sociais no Brasil.

Silveira disse ainda que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ampliar a produção de energia eólica e solar, citando especialmente a Região Nordeste, e que o Brasil está preparado para receber grandes investimentos externos para cumprir esse objetivo.

Já Nísia Trindade disse que o Ministério da Saúde precisa ajudar no combate às mudanças climáticas. “Normalmente vemos a saúde naqueles aspectos da questão climática, ambiental e social, mas a nossa compreensão é que a saúde precisa participar do esforço de mitigação e de adaptação e que ela tem um papel muito forte para a transformação para um novo modelo”, disse.

Transição energética: Silveira destaca o protagonismo brasileiro na produção de energia limpa

O ministro de Minas e Energia fez as declarações durante o painel “A Transformação Sustentável do Brasil”. Na ocasião, ele destacou o protagonismo brasileiro na produção de energias limpas e renováveis, as ações desenvolvidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as oportunidades de investimentos no país.

“Neste fórum que a gente discute a paz mundial, acredito que ela está muito interligada com a questão da prosperidade, e a prosperidade é a geração de oportunidade. A transição energética, como disse o Papa Francisco, tem que ser olhada em especial pelos países industrializados de forma muito vigorosa e séria para que ela seja célere e justa, em especial aos países em desenvolvimento. Ou seja, que ela sirva para poder nos ajudar na proteção planetária, mas também como uma grande oportunidade de inclusão social”, afirmou o ministro.

Silveira destacou os avanços do país na política energética, como a contratação de R$ 36 bilhões em linhas de transmissão, a retomada do Programa Luz para Todos; o programa Energias para a Amazônia, que vai descarbonizar a floresta; e projetos de descarbonização da matriz de transportes, além da regulação do hidrogênio verde.

“O Brasil ampliou, no ano passado, o seu parque de geração em 9 Gigawatts (GW), sendo 8,4 em energia eólica e solar. Portanto, nosso país já é o grande líder da transição energética global. Estamos avançando fortemente na descarbonização do setor de transportes e mobilidade. Temos no Brasil o Renovabio, que é um exemplo de estímulo à produção de combustíveis com baixa emissão de carbono. Também aprovamos a ampliação do biodiesel de 10% para 14% no diesel. Nós sabemos que a grande vocação do país, além de o grande celeiro de alimentos para a humanidade, é também ser o grande celeiro de energias limpas e renováveis”, destacou.

Estes avanços, segundo o ministro, tornam o Brasil ainda mais atrativo para investimentos internacionais.

Redação ICL Economia
Com informações do site do Ministério de Minas e Energia e do Poder360

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