Depois de elevar alterar a nota de classificação do Brasil, a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor’s) elevou a nota de crédito da Petrobras e de outras empresas brasileiras. A petroleira, a segunda empresa com mais peso no Ibovespa, principal índice da B3 (bolsa brasileira), passou de BB- para BB, com perspectiva estável.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, Rumo, BRF, Sabesp, Cosan, Energisa, Neoenergia, entre outras, também tiveram suas notas ajustadas de BB- para BB, refletindo a exposição ao ambiente regulatório brasileiro ou o status de empresas estatais.
Os analistas da S&P, liderados por Luísa Vilhena, explicaram que a elevação nas notas inclui também empresas que poderiam enfrentar desafios de liquidez em cenários de deterioração da nota soberana.
A lista se expande com a inclusão da Companhia Energética de São Paulo, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, Companhia Energética de Pernambuco, Companhia Energética do Rio Grande do Norte, Cosan Lubrificantes e Especialidades, EDP Espírito Santo, Energisa Paraíba, Energisa Sergipe e MRS Logística.
Adicionalmente, outras sete empresas tiveram suas notas elevadas, mas não estão limitadas pela nota soberana do Brasil, devido à sua presença global, baixa correlação com a economia doméstica ou situação de liquidez robusta.
Entre elas, Ambev teve sua nota aumentada de BBB para BBB+; Raízen de BBB- para BBB; Localiza, Ultrapar e Nexa Resources de BB+ para BBB-; e Votorantim e Votorantim Cimentos de BBB- para BBB.
Esse movimento da S&P reflete uma perspectiva mais otimista em relação ao ambiente econômico e regulatório do Brasil.
Petrobras estava classificada como BB- desde abril de 2020
A Petrobras estava classificada como BB- desde 17 de abril de 2020.
A escala da agência varia de D até AAA (D, C, CC, CCC, B, BB, BBB, A, AA e AAA), com sinais de – (menos) e + (mais) para notas intermediárias. Quanto mais próximo de AAA, mais seguro é o investimento, segundo avaliação da agência.
A partir de BBB, a nota já é considerada grau de investimento, ou seja, o investimento é mais seguro.
Segundo a Petrobras, a elevação da nota é reflexo da melhora da classificação do Brasil pela agência, que passou de BB- para BB no último dia 19, depois de ficar classificado quase seis anos como BB-.
Pela primeira vez em 12 anos, a S&P elevou a nota da dívida soberana brasileira. A S&P também concedeu perspectiva estável ao país, o que não indica alterações nos próximos meses.
*Texto atualizado às 11:47 para inclusão das demais empresas, além da Petrobras
Redação ICL Economia
Com informações da Agência Brasil e do Valor Econômico