Temores com alta da inflação levam bolsas mundiais a operarem em queda nesta manhã (7)

No Brasil, o dia será de repercussão do anúncio do presidente Bolsonaro de que o governo federal está disposto a ressarcir os estados por perdas de arrecadação caso os governadores aceitem zerar o ICMS
7 de junho de 2022

Os mercados estão cautelosos nesta manhã de terça-feira (7), sob temores com alta da inflação nos EUA e na Europa. Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias registram queda. A cautela deve permanecer até sair a decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (9), e a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA, na sexta-feira (10). A única certeza nos mercados é que os bancos centrais mundiais continuarão a usar os juros mais altos para controlar a inflação. No entanto, o percentual e a duração das medidas são a incerteza.

Já as ações no mercado asiático fecharam mistas hoje, após o Reserve Bank of Australia anunciar uma decisão de alta de taxa de juros que surpreendeu o mercado, com avanço maior do que o esperado.

Brasil

O Ibovespa fechou nesta segunda-feira (6) em queda, na contramão dos principais índices de Nova York e dos mercados da Europa que fecharam com valorização. Os investidores permaneceram cautelosos diante do imbróglio sobre os preços dos combustíveis e preocupados com a situação fiscal do país, frente à pressão para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, encontre uma solução nos próximos dias. O Ibovespa caiu 0,82%, aos 110.185 pontos, após oscilar entre 110.015 e 111.102 pontos. O volume financeiro foi de R$ 16,9 bilhões. O dólar subiu 0,37% nesta segunda (6), terminando o dia cotado a R$ 4,796, após oscilar entre R$ 4,749 e R$ 4,807.

Europa

As bolsas da Europa recuam com as preocupações da inflação, além de uma reação negativa aos dados de encomendas à indústria alemã, que teve queda de 2,7% dos pedidos em abril ante março, frente previsão de alta de 0,5%.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,03%
DAX (Alemanha), -0,72%
CAC 40 (França), -0,58%
FTSE MIB (Itália), -0,66%

Estados Unidos

Após ganhos nesta segunda-feira (6), os índices futuros dos EUA estão em baixa nesta manhã.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,35%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,35%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,44%

Ásia

As ações da Ásia-Pacífico fecharam mistas após Reserve Bank of Australia anunciar uma decisão de taxa de juros maior do que o esperado. O bando australiano anunciou inesperadamente um aumento de 50 pontos base na taxa básica de juros para 0,85%.

Shanghai SE (China), +0,17%
Nikkei (Japão), +0,10%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,56%
Kospi (Coreia do Sul), -1,66%

Petróleo

Os preços do petróleo estão em alta nesta manhã, com a expectativa de recuperação da demanda na China, após o relaxamento das restrições por causa da Covid-19; e também pela dúvida sobre a meta de produção mais alta pelos produtores da Opep+, o que facilitaria a oferta apertada.

Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 118,78 o barril
Petróleo Brent, +0,13%, a US$ 119,67 o barril

Agenda

Nos EUA, será divulgada hoje a balança comercial e a variação de estoques de petróleo – API.

Por aqui no Brasil, há a repercussão do anúncio do presidente Jair Bolsonaro, na noite desta segunda (6), de que o governo federal está disposto a ressarcir os estados por perdas de arrecadação caso os governadores aceitem zerar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre o diesel e o gás de cozinha. Nos indicadores econômicos, sai o índice de produção de veículos de maio – Anfavea.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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