Às vésperas da votação de acordo sobre o teto da dívida dos EUA, índices futuros e maioria das bolsas operam no positivo

O Congresso norte-americano deve votar, nesta quarta-feira (31), a legislação que muda o teto da dívida dos EUA, após longas negociações entre a Casa Branca e lideranças parlamentares
30 de maio de 2023

Um dia depois do feriado de Memorial Day e às vésperas da votação da suspensão do teto da dívida dos Estados Unidos pelo Congresso americano, os índices futuros operam no campo positivo nesta manhã de terça-feira (30), de mesmo modo que a maioria das bolsas mundiais.

O Congresso norte-americano deve votar, nesta quarta-feira (31), a legislação que muda o teto da dívida dos EUA, após longas negociações entre a Casa Branca e lideranças parlamentares.

O que se sabe até o momento sobre o acordo fechado entre o presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, e parlamentares do partido republicano, é que o acordo suspenderia o limite da dívida até 1º de janeiro de 2025. Isso remove um problema potencial nas eleições presidenciais de 2024.

Ainda segundo o entendimento fechado entre as partes, os gastos não relacionados à defesa permaneceriam relativamente estáveis ​​no ano fiscal de 2024 e aumentariam 1% no ano fiscal de 2025, após alguns ajustes nas dotações.

Os ajustes incluem a transferência de US$ 20 bilhões em financiamento da Receita Federal para outras áreas não relacionadas à defesa e a rescisão de US$ 30 bilhões em financiamento não obrigatório de combate à Covid-19. Após o ano fiscal de 2025, não haveria limites orçamentários, segundo ele.

Ainda nesta terça-feira à tarde, o Comitê de Regras da Câmara dos Estados Unidos vai se reunir para discutir o projeto de lei do teto da dívida, que precisa ser aprovado por um Congresso dividido antes de 5 de junho, quando o Tesouro diz que ficará sem dinheiro para cobrir todas as suas obrigações.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (29) em queda, puxado pelos resultados das ações da Vale e da Petrobras. O dia foi marcado por liquidez reduzida por conta do feriado de Memorial Day, nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,52% aos 110.333 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram o acordo sobre o teto da dívida norte-americana. O presidente Joe Biden (democrata) e os republicanos chegaram a um acordo para suspender o teto da dívida americana, de US$ 31,4 trilhões, até 2025. Agora, o acordo segue para a aprovação do Congresso, em votação que está prevista para acontecer nesta quarta-feira (31).

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 0,47% frente ao real, cotado a R$ 5,012 na compra e na venda.

Europa

A maioria das bolsas da Europa opera em alta nesta manhã de terça-feira, com os investidores acompanhando o desenrolar do acordo firmado sobre o teto da dívida dos Estados Unidos e as pistas dos bancos centrais sobre a trajetória das taxas de juros.

Das notícias da região, no Reino Unido, a inflação de preços em supermercados e redes varejistas foi de 9% em relação ao ano anterior, ante 8,8% em abril. A inflação dos preços dos alimentos caiu ligeiramente, de 15,7% para 15,4%. Isso deve levar o Banco da Inglaterra a manter o ciclo de aperto dos juros para controlar a inflação.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,25%
DAX (Alemanha), +0,34%
CAC 40 (França), -0,38%
FTSE MIB (Itália), +0,20%
STOXX 600, -0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã de terça-feira depois que o governo Biden e os legisladores republicanos fecharam um acordo provisório para aumentar o teto da dívida dos EUA.

Ontem (29), o mercado à vista ficou fechado devido ao feriado de Memorial Day.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,46%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,97%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria, com investidores de olho na votação sobre o acordo provisório do teto da dívida dos EUA alcançado entre o presidente Joe Biden e o líder da maioria na Câmara, Kevin McCarthy, prevista para amanhã (31).

Dos dados econômicos da região, a taxa de desemprego do Japão caiu ligeiramente para 2,6% em abril, abaixo dos 2,8% de março. Os economistas projetavam queda de 2,7%.

Shanghai SE (China), +0,09%
Nikkei (Japão), +0,30%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,24%
Kospi (Coreia do Sul), +1,04%
ASX 200 (Austrália), -0,11%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com queda, pressionados por temores de novos aumentos nas taxas de juros e de que a Opep + manterá as cotas de produção.

Petróleo WTI, -1,44%, a US$ 71,62 o barril
Petróleo Brent, -1,57%, a US$ 75,89 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados da confiança do consumidor de maio.  Na China, será divulgado o índice PMI composto de maio.

Por aqui, no Brasil, no campo político, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ontem (29) que os ministérios da Educação e da Saúde, além das “pastas menores”, com orçamentos pequenos, não serão abrangidas pelo bloqueio orçamentário de R$ 1,7 bilhão que o governo deve anunciar nesta semana, para cumprir a regra do teto de gastos que ainda está valendo. Na seara econômica, saem os dados de inflação ao produtor de abril e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio, além do resultado das contas do governo central em abril.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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