Na ata, a autoridade monetária reforça que o "ritmo de ajustes futuros e a magnitude total do ciclo" serão ditados pelo firme compromisso da convergência da inflação à meta.
Os membros do colegiado afirmaram que "o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador", e por isso reafirmaram, unanimente, que devem perseguir a reancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025.
Quatro diretores que votaram pelo corte de 0,50 p.p. na Selic ressaltaram que geraria um "custo de oportunidade" não seguir o guidance da reunião anterior, que indicava corte de nessa proporção na taxa básica de juros.
Comitê reforça que "houve um progresso desinflacionário relevante", em linha com o antecipado pela autoridade monetária, mas que ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta.
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Para a avaliação da taxa de juros, o FED considerou a projeção para a atividade econômica dos EUA, mais fraca do que a previsão de setembro. A possibilidade de a economia entrar em recessão, em 2023, é quase tão provável quanto o seu cenário base, consta na ata
Entre as condições que puxariam os preços para cima, o Copom destacou a persistência da pressão da inflação global, a incerteza sobre a situação fiscal do país e a pressão vinda do mercado de trabalho