Segundo o presidente do Banco Central, "o Brasil está mais ou menos na média de outros países, apesar de ter uma taxa de juros real mais alta"
Deputados criticam a manutenção da taxa Selic em patamares elevados, levando a uma desaceleração econômica.
Presidente do BC tentou barrar apuração na Comissão de Ética da Presidência da República.
Ontem (30), o presidente da Fiesp, Josué Gomes, disse que o presidente do Banco Central adotou um "posicionamento político", o que colocaria em xeque a autonomia da autoridade monetária.
Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o Executivo não se coloca contra a proposta e defende a autonomia financeira e orçamentária da instituição, mas discorda da transformação do BC em empresa pública.
Valorização de títulos americanos e futuro presidente do BC ajudam a elevar o dólar, avaliam especialistas. Economista Paulo Nogueira Batista Jr. diz que críticas de Lula estão corretas.
"Eu tenho mais de 50 anos de jornalismo e eu nunca vi um presidente de Banco Central tão irresponsável quanto o Roberto Campos Neto", disse o jornalista e comentarista do ICL Noticías.
Os juros altos, pontuou o presidente, "encarecem o crédito e limitam a atividade econômica”, impedindo o Brasil de alcançar uma curva de crescimento sustentável.
Seguindo narrativas que seriam alimentadas pelo presidente do BC, o mercado eleva as projeções de inflação no Boletim Focus e dá ao Banco Central argumentos para a alta dos juros, favorecendo o rentismo e o próprio mercado.