No entanto, a opinião nessa direção não é unânime, segundo o comunicado. Uma ala pequena do Copom mostra-se mais cautelosa
Em Paris, na França, onde acompanha o presidente em compromissos bilaterais, ministro da Fazenda disse ainda que, ao manter taxa Selic em 13,75% ao ano, BC contribui para o Brasil contratar problemas, como "inflação futura ou aumento da carga tributária futura"
Na nota divulgada com a decisão, comitê diz que "conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária" e que inflação só baixou porque a taxa básica está no patamar atual
Nesta quarta-feira (21), Comitê de Política Monetária do BC deve anunciar manutenção da taxa básica de juros no patamar atual, o mais alto desde novembro de 2016. Para a economista Monica de Bolle, postura da autoridade monetária do país chega a causar "perplexidade"
Presidente do BC enfrentou saia-justa com a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que o cobrou publicamente sobre quando a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, vai começar a cair
Equipe econômica do governo Lula vem defendendo mudanças das atuais metas anuais para horizontes de longo prazo, com calibragens mensais, que causariam menos volatilidade. No entanto, presidente do BC, Roberto Campos Neto, acredita que o momento não é o ideal
A última vez que a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros da economia foi em setembro passado. A partir daí, ela foi mantida no patamar atual, o maior desde novembro de 2016
Selic está em seu mais longo ciclo de alta desde 1999, devido às pressões inflacionárias represadas pelas medidas eleitoreiras do atual mandatário do país
Juros reais do Brasil (descontada a inflação) são os maiores do mundo, à frente de México, Colômbia, Chile e Hungria. Quando considerada a inflação (juros nominais), país só perde para a Argentina
A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano