Se confirmada a projeção, os juros avançam dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano, um dos maiores patamares do mundo.
Na edição do relatório publicado pelo Banco Central nesta 2ª feira (30), analistas elevaram de 11,25% para 11,75% a projeção da Selic para este ano, e de 10,50% para 10,75% para o ano que vem.
Brasil tem juro real de 7,33% com o ajuste para cima anunciado pelo Copom ontem na Selic. O líder do ranking é a Rússia, com taxa real de 9,05%.
É o primeiro ajuste para cima dos juros desde 2022. Comunicado cita "riscos de alta para o cenário inflacionário".
Os economistas e apresentadores do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna e André Campedelli, comentaram que, mais uma vez, mercado financeiro e grande mídia colocam pressão sobre o Copom pelo aumento dos juros.
Agência de classificação de risco entende que a economia brasileira demonstra força e que os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul foram atenuados.
Deborah Magagna e André Campedelli lembram que possíveis cortes ou altas na Selic têm efeitos de longo prazo e que, se o Copom subir os juros, vai jogar no "lombo do trabalhador" o controle da inflação.
Com passagem pelo mercado financeiro, Galípolo é visto com bons olhos por grande parte dos analistas. Economista ainda precisa ser sabatinado pelo Senado.
"A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil", disse o diretor de Política Monetária do BC durante atividade em Teresina, Piauí.
No comunicado divulgado com a decisão, o colegiado disse que “monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.