Segundo o ministro da Casa Civil, o presidente Lula considera as duas áreas como "investimentos" não gastos.
Entre as medidas previstas para os militares, está mudanças no sistema previdenciário.
No momento em que o governo, sob pressão do mercado financeiro, discute um pacote de corte de gastos, senadores rejeitaram a possibilidade de bloqueio dos recursos das emendas por parte do Executivo.
Enquanto o déficit per capita (por beneficiário) do setor privado, no INSS, é de R$ 9,4 mil e o dos servidores civis chega a R$ 69 mil, nas contas dos militares o valor alcança R$ 159 mil, segundo dados do TCU.
Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o conjunto de medidas terá um impacto “expressivo” e se disse pronto para apresentar as ações.
Nesta quarta-feira, o presidente do Senado participa de uma reunião com o presidente Lula para discutir o corte de gastos públicos visando o ajuste fiscal.
Militares teriam aceitado mudanças pontuais, mas resistem a alterações radicais na Previdência.
Lula teria pedido a inclusão do Ministério da Defesa no pacote, com expectativa de englobar o regime de previdência dos militares.
Em entrevista exibida pela Rede TV! ontem (10), o presidente deu a entender que a situação fiscal atual está relacionada à gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.