O resultado foi influenciado pela queda em Habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e Alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).
O resultado do IPCA de setembro veio abaixo do esperado
Segundo analistas entrevistados pelo jornal Valor Econômico, preços de alimentos in natura e carnes, além da supersafra brasileira de soja e relativa normalização do mercado de trigo, devem contribuir para o movimento.
Os preços consumidos pela faixa de renda muito baixa recuaram 0,16% no período, segundo o estudo. Em contrapartida, as famílias de renda alta tiveram uma taxa de inflação de 0,10%.
Segundo o IBGE, essa é a menor variação do IPCA para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.
Para o economista do ICL André Campedelli, "a deflação ocorrida em junho não pode ser atribuída à política de taxa de juros do Banco Central". Principal consequência da Selic alta, segundo ele, foi impedir retomada econômica mais vigorosa da economia brasileira
Apesar da deflação no índice geral, os preços de somente três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados recuaram em setembro
O grupo alimentação e bebidas apontou aumento de 0,24%, desacelerando ante o mês anterior (1,30%). Contudo, ainda pesa no bolso das famílias
Economistas do ICL já alertavam para otimismo exagerado do governo com os dados da economia brasileira
População com maior renda sentiu a inflação em julho com a alta do preço de passagens aéreas. Já os mais pobres sentiram o peso do aumento exagerado do preço dos alimentos no mês