Brasil tem juro real de 7,33% com o ajuste para cima anunciado pelo Copom ontem na Selic. O líder do ranking é a Rússia, com taxa real de 9,05%.
É o primeiro ajuste para cima dos juros desde 2022. Comunicado cita "riscos de alta para o cenário inflacionário".
Os economistas e apresentadores do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna e André Campedelli, comentaram que, mais uma vez, mercado financeiro e grande mídia colocam pressão sobre o Copom pelo aumento dos juros.
Agência de classificação de risco entende que a economia brasileira demonstra força e que os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul foram atenuados.
Deborah Magagna e André Campedelli lembram que possíveis cortes ou altas na Selic têm efeitos de longo prazo e que, se o Copom subir os juros, vai jogar no "lombo do trabalhador" o controle da inflação.
"Inflação fora da meta é situação desconfortável, e ter que subir juros é situação cotidiana para quem está no BC", frisou o diretor de Política Monetária do BC.
Por outro lado, analistas consultados para a publicação do Banco Central mantiveram as projeções para o PIB, câmbio e taxa Selic.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da dívida pública deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.