Os economistas também elevaram a projeção de cotação do dólar ao fim de 2024, para R$ 5,30. Na última semana, a expectativa era que a moeda terminasse o ano em R$ 5,22.
Seguindo narrativas que seriam alimentadas pelo presidente do BC, o mercado eleva as projeções de inflação no Boletim Focus e dá ao Banco Central argumentos para a alta dos juros, favorecendo o rentismo e o próprio mercado.
Embora a expectativa seja de aumento no nível dos investimentos em relação a 2023, um cenário mais incerto com a decisão do Copom e o real mais desvalorizado fazem com que o empresariado fique mais cauteloso, segundo economista do FGV Ibre.
Os membros do colegiado afirmaram que "o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador", e por isso reafirmaram, unanimente, que devem perseguir a reancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025.
No relatório divulgado na manhã desta segunda-feira (24) pelo BC, os agentes elevaram a inflação medida pelo IPCA de 3,96% para 3,98% este ano, e de 3,80% para 3,85% para 2025. No caso deste ano, foi a sétima alta seguida projetada pelos analistas.
Na avaliação do economista e fundador do ICL, mercado financeiro vem especulando com o dólar com o objetivo de interferir na escolha do futuro presidente do Banco Central.
“Quanto mais a gente pagar de juros, menos dinheiro a gente tem para investir”, disse o presidente ao criticar o Banco Central, o mercado e a desigualdade brasileira.
Comunicado cita "ambiente externo adverso, em função da incerteza elevada e persistente sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos" e cita cenário de inflação no Brasil.