Mercado já está revisando crescimento do PIB para cima.
Por outro lado, a mediana dos cerca de 150 analistas consultados reduziu a expectativa de inflação para o ano que vem, de 3,93% para 3,92%.
"A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil", disse o diretor de Política Monetária do BC durante atividade em Teresina, Piauí.
Em entrevista ao O Globo, o presidente do Banco Central disse que não são os economistas que estão prevendo alta da Selic em setembro, mas o mercado. "É preciso cautela", sugeriu.
Analistas também elevaram as projeções para o PIB deste ano e para a taxa Selic do ano que vem.
O resultado foi impulsionado por menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros.
Considerando os juros nominais, ou seja, a taxa básica de juros, sem descontar a inflação, o Brasil permanece 6ª posição.
No comunicado divulgado com a decisão, o colegiado disse que “monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.
Se mantida a taxa, o Brasil se consolida como o segundo colocado num ranking de países com o maior juro real do mundo, só perdendo para a Rússia.
Segundo o relatório, a expectativa para a inflação deste ano saiu de 4,05% para 4,10%, e, para o ano que vem, subiu de 3,90% para 3,96%.