No último pregão do semestre, bolsas mundiais operam em baixa

As cotações do petróleo estão próximas da estabilidade, com investidores avaliando as perspectivas com o aperto da oferta global
30 de junho de 2022

Diante da falta de perspectiva de que a guerra na Ucrânia termine tão cedo e a visão de que as pressões inflacionárias provavelmente continuem a crescer, as bolsas mundiais operam em baixa nesta manhã de quinta-feira (30) – último pregão do semestre.

Reunidos em Lisboa (Portugal), os presidentes dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Zona do Euro reforçaram, nesta quarta-feira (29), suas dúvidas sobre se o ambiente de baixa inflação pré-pandemia retornará. O novo cenário, com uma alta dos preços persistente, tem forçado as principais autoridades monetárias mundiais a subir os juros, contrariando a cartilha que as guiou nos últimos 20 anos.

Brasil

O Ibovespa fechou em queda de 0,96%, nesta quarta-feira (29). O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o pregão aos 99.621 pontos. Em parte, a movimentação se deu de forma simultânea ao que foi visto nos EUA, onde os índices também oscilaram. O dólar comercial recuou 1,39% frente ao real, sendo negociado ao final do dia a R$ 5,192 na compra e a R$ 5,193 na venda.

Europa

Os mercados da Europa estão operando no vermelho nesta manhã de quinta-feira (30), com os investidores preocupados com a recessão. Os dados divulgados hoje na Europa incluíram informações preliminares da inflação francesa para junho, que mostraram que o índice de preços ao consumidor do país subiu 5,8% em relação ao ano anterior, ante 5,2% em maio.

FTSE 100 (Reino Unido), -1,60%
DAX (Alemanha), -2,02%
CAC 40 (França), -2,09%
FTSE MIB (Itália), -1,84%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, com o S&P 500 se preparando para encerrar seu pior primeiro semestre desde 1970, uma vez que diversos fatores pressionam os mercados.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,84%
S&P 500 Futuro (EUA), -1,09%
Nasdaq Futuro (EUA), -1,39%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em baixa, com exceção do índice de Shangai, na China, que apresentou alta, impulsionado por dados do governo chinês mostrando que a atividade fabril cresceu em junho.

Shanghai SE (China), +1,10%
Nikkei (Japão), -1,54%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,62%
Kospi (Coreia do Sul), -1,91%

Petróleo

As cotações do petróleo estão próximas da estabilidade, com investidores avaliando as perspectivas com o aperto da oferta global e o aumento nos estoques de gasolina e destilados dos EUA.

Petróleo WTI, -0,08%, a US$ 109,69 o barril
Petróleo Brent, -0,22%, a US$ 116,01 o barril

Agenda

Nos EUA, o atenção do dia é a divulgação do PCE de maio, inflação usada pelo Fomc para nortear sua política monetária. Também saem os números dos pedidos de seguro-desemprego semanal, consenso aponta para 228 mil solicitações, e o PMI.

Por aqui no Brasil, no campo político, deve ocorrer a votação pelo Senado da c PEC dos Combustíveis. Nesta quinta-feira também será promovido o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção, operação e manutenção de 5,4 mil quilômetros de linhas de transmissão e de 6,2 mil mega-volt-ampères (MVA) em capacidade de transformação de subestações. Nos indicadores econômicos, sairão o Relatório trimestral da inflação (RTI) e a pesquisa PNAD contínua de maio.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.