Nesta quarta-feira (4), a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) divulgou nova projeção sobre o crescimento previsto para o PIB brasileiros em 2023. De acordo com o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a riqueza do país, deve fechar este ano com uma alta de 3,3%.
A nova projeção para o Brasil é mais do que três vezes superior à anterior, de 0,9%, feita em abril. Na ocasião, a entidade elevou a expectativa de 0,6% para 0,9%. Para 2024, a Unctad prevê crescimento de 2,3% do PIB brasileiro, próximo à média mundial atualmente prevista, de 2,5%.
Segundo o estudo, “entre os países do G20, espera-se uma melhoria no crescimento apenas de Brasil, China, Japão, México e a Rússia”. Ao contrário do que esperava o Ocidente, a expectativa de crescimento da economia russa é de 2,2%, apesar da guerra e das sanções impostas a partir da liderança dos Estados Unidos.
A revisão positiva da perspectiva de expansão do PIB brasileiro só fica atrás da esperada para a Rússia, cuja projeção para foi de -0,6% para +2,2%.
PIB brasileiro: commodities e colheitas abundantes
“No Brasil, o crescimento das exportações de commodities e as colheitas abundantes estão impulsionando um aumento no crescimento, de 2,9 por cento em 2022 para 3,3 por cento em 2023”, diz o relatório.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, no primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões, com crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões).
Para 2024, segundo a Unctad, a economia do Brasil deve registrar uma expansão de 2,3%, ligeiramente abaixo da média mundial (2,5%).
OCDE também eleva projeção
Há duas semanas, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também havia subido sua projeção para o PIB do Brasil em 2023, de 1,7% para 3,2%. Para 2024, a instituição revisou de 1,2% para 1,7%.
O relatório, em inglês, da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento pode ser acessado neste link.
Da Rede Brasil Atual