Na véspera da ‘Super Quarta’, índices futuros dos EUA operam em baixa; bolsas europeias sobem

As autoridades monetárias dos Estados Unidos e do Brasil iniciam, nesta terça-feira (30), as primeiras reuniões do ano para definir das taxas de juros, que serão divulgadas amanhã.
30 de janeiro de 2024

Em dia de início da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), os índices futuros iniciam, esta terça-feira (30), operando no campo negativo. No Brasil, também começa hoje a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

Por lá, a expectativa é de que a autoridade monetária mantenha as taxas de juros na faixa de 5,25% e 5,50% ao ano. Já no Brasil, as projeções apontam para novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, Selic, que passaria de 11,75% para 11,25%.

Ainda nos Estados Unidos, saem alguns dados econômicos, como o índice de confiança do consumidor de janeiro e o relatório de oferta de empregos JOLTs. Mas o que está mesmo no foco das atenções dos agentes do mercado, além do início da reunião do Fomc, são os balanços corporativos da Microsoft e Alphabet, que serão divulgados após o fechamento das bolsas de Nova York.

Na Europa, as bolsas sobem com os investidores atentos aos números preliminares do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre da zona do euro.

O PIB da zona do euro e da União Europeia ficaram estáveis no quarto trimestre. De acordo com a primeira estimativa, baseada em dados trimestrais corrigidos por sazonalidade e calendário, o indicador aumentou 0,5% em 2023, tanto na zona do euro como na UE.

O resultado foi ligeiramente melhor que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que projetava queda de 0,1%.

No Brasil, além do início da reunião do Copom, saem o IGP-M de janeiro, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,26%; o Boletim Focus semanal e os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de dezembro.

Brasil

O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (29) em queda de 0,36%, aos 128.502,66 pontos, com uma série de acontecimentos no radar dos investidores.

Entre as companhias mais queridinhas do principal indicador da bolsa brasileira, as chamadas “blue chips”, a Vale (VALE3) caiu 0,47%, mesmo com alta do minério de ferro, enquanto a Petrobras (PETR4) subiu 1,53%, na contramão do petróleo.

A cautela com a China também pesou nas negociações da bolsa brasileira, após a Justiça de Hong Kong determinar a liquidação de ativos da incorporadora Evergrande.

Mas o que pesou mesmo no final das contas foi o tombo da Gol (GOLL4), de mais de 33,61%.

Nas negociações do dia, o dólar terminou a sessão a R$ 4,9459, com alta de 0,71% no mercado à vista.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo hoje, com os investidores atentos ao início da reunião do Fomc, do Fed e à divulgação de dados macroeconômicos sobre habitação, o mercado de trabalho (JOLTs) e a confiança do consumidor.

Também estão no radar dos agentes os dados corporativos da Microsoft e Alphabet, que serão divulgados após o fechamento das bolsas de Nova York.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,14%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,08%

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, com os agentes repercutindo o PIB da zona do euro e da União Europeia, que ficaram estáveis no quarto trimestre.

De acordo com a primeira estimativa, baseada em dados trimestrais corrigidos por sazonalidade e calendário, o indicador aumentou 0,5% em 2023, tanto na zona do euro do euro como na UE. O resultado foi ligeiramente melhor que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que projetava queda de 0,1%.

Em relação ao mesmo trimestre de 2022, a economia na área da moeda comum europeia cresceu 0,1%, após ter ficado estável no terceiro trimestre. Para esta leitura, a estimativa do mercado era também de estabilidade.

Já a inflação dos preços nas lojas no Reino Unido caiu drasticamente em janeiro, atingindo a taxa mais baixa em quase dois anos, em meio a fortes descontos dos varejistas no período do Natal.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,11%
DAX (Alemanha), +0,17%
CAC 40 (França), +0,35%
FTSE MIB (Itália), +0,49%
STOXX 600, +0,34%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente no campo negativo, à medida que investidores continuam digerindo a ordem de liquidação da China Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês.

Ontem (29), a Justiça de Hong Kong determinou que a Evergrande seja liquidada, depois de a problemática incorporadora não conseguir reestruturar suas dívidas com credores. Negócios com ações da empresa seguem suspensos.

Shanghai SE (China), -1,83%
Nikkei (Japão), +0,11%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,32%
Kospi (Coreia do Sul), -0,07%
ASX 200 (Austrália), +0,29%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leve baixa, enquanto a crescente tensão no Mar Vermelho alimenta as preocupações com a oferta da commodity.

Petróleo WTI, -0,18%, a US$ 76,64 o barril
Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 82,26 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem hoje os dados da confiança do consumidor de janeiro, o índice de preços de imóveis e o relatório de ofertas de emprego JOLTs.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (29) que o resultado das contas do governo central, cujo déficit em 2023 foi de R$ 230,535 bilhões, ou seja, 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto), foi resultado da decisão do governo federal de pagar os precatórios (dívidas da União com trânsito em julgado) e do acordo feito com governadores a respeito do ICMS sobre combustíveis. Na seara de indicadores, saem hoje o IGP-M de janeiro, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,26%; o Boletim Focus semanal; e os dados do Caged de dezembro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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