Volume de Serviços cai 0,6% em outubro

Ao recuar 0,6% em outubro de 2022, ante setembro, o volume de serviços interrompe uma sequência de cinco resultados positivos
13 de dezembro de 2022

Em outubro de 2022, o volume de serviços no Brasil recuou 0,6% frente ao mês anterior (ponto mais alto da série histórica), na série com ajuste sazonal, após ter acumulado um ganho de 5,8% de março a setembro. O setor de serviços encontra-se 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia).

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Fonte: IBGE

Na série sem ajuste sazonal, ante igual mês de 2021, o volume de serviços teve sua 20ª taxa positiva consecutiva (9,5%). O acumulado do ano foi de 8,7% frente a igual período de 2021. O acumulado em 12 meses passou de 8,8% em setembro para 9,0% em outubro.

Ao recuar 0,6% em outubro de 2022, ante setembro, o volume de serviços interrompe uma sequência de cinco resultados positivos. Vale destacar que, em setembro último, o setor de serviços havia alcançado o novo recorde da série histórica, superando o nível de novembro de 2014. A despeito do revés observado neste mês, o volume de serviços ainda se encontra 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020, marco do patamar pré-pandemia.

O recuo de 0,6% do volume de serviços de setembro para outubro de 2022 foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas. O destaque foi o setor de transportes (-1,8%), com taxas negativas em todos os segmentos investigados, seja por modal: terrestre (-1,0%), aquaviário (-0,6%), aéreo (-10,1%) e armazenagem e correio (-1,2%) ou por tipo de uso: passageiros (-5,5%) e cargas (-2,0%).

As demais retrações do mês vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,8%) e dos prestados às famílias (-1,5%), com o primeiro sendo impactado pelos serviços técnico-profissionais (-3,7%) e o segundo interrompendo sequência de sete taxas positivas, período em que acumulou ganho de 10,8%.

Em sentido oposto, informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro e o segundo recuperando boa parte do recuo de 3,1% verificado em setembro.

A média móvel trimestral foi de 0,4% no trimestre encerrado em outubro de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020.

Em outubro de 2022, o volume de serviços aumentou 9,5% frente a outubro de 2021, décima nona taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 67,5% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,0%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram de informação e comunicação (8,3%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,3%); dos prestados às famílias (10,7%) e de outros serviços (6,5%).

O acumulado do ano, frente a igual período de 2021, subiu 8,7%, com taxas positivas em quatros das cinco atividades e em 66,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%), impulsionado pelo aumento das receitas das empresas de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; e navegação de apoio marítimo e portuário. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (27,9%); profissionais, administrativos e complementares (7,8%); e informação e comunicação (3,7%).

Nos serviços prestados às famílias houve aumento na receita das empresas de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico. Em serviços profissionais, administrativos e complementares, a alta veio de locação de automóveis; serviços de engenharia; soluções de pagamentos eletrônicos; consultoria em gestão empresarial; atividades de cobranças e informações cadastrais; gestão de ativos intangíveis; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.

No setor de informação e comunicação, o aumento de receitas ocorreu em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; outras atividades de telecomunicação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda.

Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-3,6%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano, pressionado pela menor receita real das empresas de recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; administração de fundos por contrato ou comissão; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados.

Serviços caíram em 22 das 27 Unidades da Federação

Houve recuos em 22 das 27 unidades da federação, frente ao mês anterior, acompanhando o revés de 0,6% no Brasil. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (-1,0%), Pernambuco (-5,3%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Santa Catarina (-2,5%). Já São Paulo (0,8%) exerceu a principal contribuição positiva no mês, seguido por Mato Grosso (5,0%).

Frente a outubro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,5%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas vieram de São Paulo (12,7%), Minas Gerais (12,4%), Rio de Janeiro (4,4%), Mato Grosso (35,8%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Santa Catarina (6,9%). Os resultados negativos vieram de Mato Grosso do Sul (-6,3%), Distrito Federal (0,9%) e Ceará (-1,5%).

No acumulado do ano, frente a igual período de 2021, houve altas em 26 das 27 unidades da federação. Os principais impactos positivos vieram de São Paulo (10,6%), Minas Gerais (11,3%), Rio Grande do Sul (11,8%), Rio de Janeiro (2,9%), Pernambuco (12,1%), Paraná (4,4%) e Bahia (7,9%). A única influência negativa veio do Distrito Federal (-1,5%).

Índice de atividades turísticas tem queda de 2,8% em outubro

Em outubro de 2022, o índice de atividades turísticas caiu 2,8% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando, assim, boa parte do ganho verificado no período julho-setembro (3,0%). Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Oito das 12 localidades pesquisadas acompanharam a queda verificada na atividade turística nacional (-2,8%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-3,6%), seguido por Rio de Janeiro (-3,4%), Distrito Federal (-7,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná
(-3,2%). Já Minas Gerais assinalou o principal avanço regional.

Frente a outubro de 2021, o volume de atividades turísticas no Brasil subiu 16,1%, 19ª taxa positiva seguida, impulsionado pelo aumento na receita de empresas de locação de automóveis; restaurantes; transporte aéreo; serviços de bufê; rodoviário coletivo de passageiros e hotéis.

Todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (23,5%), seguido por Minas Gerais (32,0%), Bahia (11,6%), Santa Catarina (19,6%), Paraná (14,4%) e Rio de Janeiro (4,7%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 34,5% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelo aumento de receita nas empresas dos ramos de transporte aérea de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

Houve altas nos doze locais investigados, com destaque para São Paulo (41,9%), seguido por Minas Gerais (55,3%), Rio de Janeiro (17,6%), Rio Grande do Sul (43,3%) e Bahia (28,7%).

Transportes de passageiros (-5,5%) e de cargas (-2,0%) apresentam queda

Em outubro de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 5,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter avançado 1,5% em setembro. O segmento encontra-se 4,8% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 25,9% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou queda de 2,0% em outubro de 2022, segundo resultado negativo seguido. Dessa forma, o segmento situa-se 3,6% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 29,0% acima de fevereiro de 2020.

Na comparação com outubro de 2021, o transporte de passageiros teve a 19ª taxa positiva seguida ao avançar 16,4% em outubro de 2022, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 15,8%, seu vigésimo sexto resultado positivo consecutivo.

No acumulado do ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 33,5% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 15,3%.

Da agência de notícia do IBGE

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