A taxa média de desemprego ficou em 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, acima do período imediatamente anterior (8,1%) e bem abaixo em relação a igual período do ano passado (11,2%). O número de desempregados foi estimado em 9,224 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. Com isso, são 483 mil desempregados a mais no trimestre (5,5%) e 2,792 milhões a menos um ano (-23,2%).
Dessa forma, o fato de ter havido alta no trimestre, após um período de queda (influenciada pela recuperação pós-pandemia), pode ser um “retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, observa.
Ocupados somam 98 milhões
Assim, conforme a Pnad Contínua, o total de ocupados agora chega a 98,122 milhões – 1,6% a menos no trimestre e 3% a mais em 12 meses. Já a população fora da força de trabalho (estimada em 66,754 milhões) cresceu 2,3% e 2,2%, respectivamente.
Por sua vez, o total de empregados com carteira assinada no setor privado chega a 36,812 milhões. Número estável no trimestre e 6,4% maior em relação a igual período de 2022. Além disso, o número de empregados sem carteira (12,960 milhões) cai 2,6% em três meses e cresce 5,5% em 12.
Informalidade cai em um ano
Já os trabalhadores por conta própria (25,197 milhões) caem 1,2% no trimestre e têm estabilidade na comparação anual. O número de trabalhadores domésticos (5,778 milhões de pessoas) fica estável. Ainda na ocupação, os empregados no setor público (estimados em 11,738 milhões) caem 4,3% ante novembro e sobem 3,5% em 12 meses.
A taxa de informalidade foi de 38,9% dos ocupados, a mesma do trimestre anterior. Fica um pouco menor em relação a 2022 (40,2%). Assim, segundo o IBGE, são 38,2 milhões de trabalhadores informais.
Estimado em R$ 2.853, o rendimento médio permaneceu estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 7,5% no ano. A massa de rendimentos soma R$ 275,5 bilhões – estabilidade e alta de 11,4%.