As bolsas mundiais operam com alta nesta terça-feira (4), apesar de temores de recessão acentuados por dados fracos da atividade econômica nos EUA, China e Europa, bem como preocupações com a inflação após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) cortar sua produção de petróleo.
O presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, James Bullard, disse entrevista à Bloomberg TV, na véspera (3), que a decisão inesperada da Opep+ em cortar a produção de petróleo criou um cenário de incerteza para o futuro da política monetária americana. Ele afirmou que ainda é cedo para saber se o impacto do corte será duradouro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (3) em queda com investidores repercutindo o corte da produção de petróleo de países da Opep+. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,37%, aos 101.506 pontos.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar chegou a cair com o salto do petróleo, mas fechou quase estável, cotado a R$ 5,07.
Europa
Os mercados europeus sobem nesta manhã de terça-feira, aparentemente afastando os temores com os aumentos dos preços do petróleo após um corte surpresa na produção pela Opep+.
Os investidores também ficaram de olho na última assembleia geral anual do Credit Suisse antes de o banco ser adquirido pelo UBS. Espera-se que os acionistas reajam ao fato de terem sido negados votos na aquisição de US$ 3,25 bilhões do Credit Suisse pelo UBS.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,06%
DAX (Alemanha), +0,56%
CAC 40 (França), +0,34%
FTSE MIB (Itália), +0,17%
STOXX 600, +0,35%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de terça-feira, com investidores avaliando um aumento nos preços do petróleo promovido pelo corte de produção da Opep+ e à espera de dados do mercado de trabalho no mês de fevereiro.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,19%
Nasdaq Futuro (EUA),+0,26%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta em sua maioria, depois que o Banco Central da Austrália manteve sua meta de taxa de juros em 3,60% com o dólar australiano enfraquecendo em relação ao dólar americano após o anúncio.
As ações das fabricantes chinesas de veículos elétricos caíram acentuadamente no pregão de hoje, após as ações da Tesla caírem 6% na véspera, depois que seu relatório de entregas levantou a preocupação dos investidores de que a empresa reduzirá ainda mais os preços de seus carros em uma tentativa de impulsionar as vendas.
Já o índice de preços ao consumidor da Coreia do Sul em março desacelerou para 4,2% na comparação anual, um pouco abaixo das expectativas dos economistas de 4,3%.
Shanghai SE (China), +0,49%
Nikkei (Japão), +0,35%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,66%
Kospi (Coreia do Sul), +0,33%
ASX 200 (Austrália), +0,18%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leve alta na sessão de hoje, depois que os planos da Opep+ de cortar a produção de petróleo sacudiram os mercados no dia anterior, com a atenção dos investidores voltando para as tendências da demanda e o impacto dos preços mais altos na economia mundial.
Petróleo WTI, +0,32%, a US$ 80,68 o barril
Petróleo Brent, +0,21%, a US$ 85,11 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 2,06%, a 881,50 iuanes, o equivalente a US$ 128,16
Agenda
A agenda de hoje traz o relatório de empregos JOLTS nos EUA, com expectativa de 10,4 milhões de vagas de trabalho em aberto no mês de fevereiro.
Por aqui no Brasil, sem indicadores relevantes previstos, as atenções estão voltadas para participação do secretário especial para reforma tributária, Bernard Appy, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em evento do Bradesco.
Com informações da InfoMoney