Com Bolsonaro e Guedes, defasagem do IR é maior desde o início do Plano Real, em 1996

Defasagem da tabela durante o governo Jair Bolsonaro chega a 24%. Último reajuste ocorreu em 2015, durante o mandato da presidente deposta Dilma Rousseff
20 de abril de 2022

A defasagem da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) durante o governo Jair Bolsonaro alcançou o maior nível, 24%, desde o início da série histórica, em 1996, segundo levantamento realizado pelo Sindifisco Nacional divulgado nesta quarta-feira (19) pela Folha de S. Paulo.

A tabela é usada para o cálculo do desconto do Imposto de Renda de trabalhadores, aposentados e demais contribuintes por meio de uma base de faixas de rendimentos que permite a redução do valor a ser pago.”

Na prática, quando ela não é reajustada conforme a inflação avança, brasileiros pagam mais imposto e o número de contribuintes isentos diminui, ampliando a população tributada”, ressalta a reportagem. A correção da tabela do IR foi mais um compromisso de campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 que não foi cumprido.

Em uma entrevista recente à CNN Brasil, o atual ocupante do Palácio do Planalto , disse que a equipe econômica já estuda alterar a tabela em “percentual bastante elevado”, indicando que a mudança poderá ser implementada com o objetivo de turbinar a campanha pela reeleição de Bolsonaro.

Caso a tabela não seja corrigida ainda este ano, a defasagem nos quatro anos de mandato de Bolsonaro pode chegar a 28%. O último reajuste da tabela ocorreu em abril de 2015, durante o mandato da presidente deposta Dilma Rousseff.

Brasil 247

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