Bolsas mundiais e índices futuros operam no positivo após decisões dos juros do BCE e do Banco Central do Japão

BCE elevou ontem (15) sua taxa de referência em mais 25 pontos-base, para 3,5% ao ano., pela oitava vez seguida. Já o banco japonês optou novamente por deixar sua taxa básica de juros em -0,1%
16 de junho de 2023

Tanto os índices futuros dos Estados Unidos quanto as bolsas mundiais estão em trajetória positiva nesta manhã de sexta-feira (16), com os investidores repercutindo as decisões de política monetária do Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e do Banco Central Europeu (BCE), enquanto aguardam por dados da confiança do consumidor americano, que serão divulgados hoje.

Em linha com as projeções de analistas, o BCE elevou ontem (15) sua taxa de referência em mais 25 pontos-base, para 3,5% ao ano. Foi a oitava vez seguida que a autoridade monetária da zona do euro fez uma elevação.

Em uma coletiva de imprensa após a decisão, a presidente da instituição, Christine Lagarde, disse que pausas não estão no horizonte. “As taxas de juros serão levadas para níveis suficientemente restritivos para alcançar o retorno da inflação à meta de 2% no médio prazo, e elas serão mantidas nesses níveis pelo tempo que for necessário”, disse a jornalistas depois da decisão.

A taxa do bloco europeu está no nível mais alto em 22 anos, representando um desafio para o BCE em um momento em que a inflação mantém-se elevada mesmo com o enfraquecimento da economia da região.

Já o Banco do Japão optou novamente por deixar sua taxa básica de juros em -0,1%.

Os investidores também repercutem o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que ficou estável na base mensal e teve alta de 6,1% na base anual, em linha com as projeções do consenso Refinitiv.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (15) em alta, após passar o dia oscilando entre altas e baixas. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,13%, aos 119.221 pontos. Segundo os analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram ainda no dia os sinais mais positivos para a economia, após a S&P Global Ratings ter melhorado a classificação positiva para o país, algo que não acontecia desde 2019.

O mercado também repercutiu nesta quinta-feira a decisão de política monetária anunciada pelo Fed anteontem (14). A instituição manteve as taxas de juros inalteradas em um patamar entre 5,00% e 5,25% ao ano, que é o maior desde 2007. No entanto, Jerome Powell, presidente do Fed, já sinalizou que, nos próximos meses, novas altas podem acontecer.

Nas negociações do dia, o dólar fechou em queda de 0,09% frente ao real, cotado a R$ 4,802 na compra e R$ 4,803 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, com investidores digerindo o aumento de juros do BCE e a inflação ao consumidor da zona do euro.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,70%
DAX (Alemanha), +0,36%
CAC 40 (França), +0,76%
FTSE MIB (Itália), +0,70%
STOXX 600, +0,56%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de sexta-feira, ampliando os ganhos da véspera, com investidores repercutindo as decisões sobre as taxas de juros ao longo da semana, como a do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos), na quarta-feira (14), que deu uma pausa no ajuste da taxa de referência do país.

Para hoje, os investidores aguardam os dados de confiança do consumidor e a fala do diretor do Fed Christopher Waller.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,15%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam a sexta-feira no campo positivo, com o Banco do Japão novamente deixando sua taxa básica de juros inalterada em -0,1%.

Shanghai SE (China), +0,63%
Nikkei (Japão), +0,66%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,07%
Kospi (Coreia do Sul), +0,66%
ASX 200 (Austrália), +1,06%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, apesar do otimismo sobre a maior demanda de energia do maior importador de petróleo, a China, e um dólar mais fraco.

Petróleo WTI, -0,16%, a US$ 70,51 o barril
Petróleo Brent, -0,05%, a US$ 75,63 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, investidores esperam hoje o discurso do diretor do Fed, Christopher Waller, e o índice de confiança do consumidor de junho.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ontem (15) que o presidente Lula determinou agilidade na nomeação de cargos dos aliados do governo. “O presidente reiterou para que todos apoiem e ajudem o ministro [Alexandre] Padilha [Relações Institucionais] a materializar os compromissos que ele assumiu, uma vez que tem uma quantidade de cargos que foram indicados na negociação da composição do governo. O presidente fez um pedido para que isso seja feito o mais breve possível”, afirmou. Na seara econômica, investidores aguardam pela divulgação do indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), referente a abril, com o consenso Refinitiv prevendo alta de 0,20%. Além da prévia do PIB, sai o IGP-10 de junho, com consenso Refinitiv projetando baixa de 2,15%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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